Há 15 anos, a Honda Automóveis se instalou no Brasil. Isso foi resultado da abertura das importações que, em 1992, permitiu às montadoras de todas as partes do mundo venderem seus carros por aqui.

Mais que um passaporte carimbado, a marca de origem japonesa queria mesmo é contar com produção local. Já com fábrica de motos em Manaus (Amazonas) desde 1976 - de onde já saíram mais de 16 milhões de unidades - a marca inaugurou a unidade de Sumaré, no interior de São Paulo, em 6 de outubro de 1997. Hoje, saem de lá 525 carros por dia (11.550 por mês) entre Fit, City e Civic. "Em agosto o carro de número 1 milhão deixará as linhas de produção", comemora Carlos Eigi, diretor da fábrica.

A equipe do Diário visitou o complexo industrial de 1,7 milhão de metros quadrados, explorando cada etapa da produção dos modelos, que vão desde o derretimento de polipropilenos para a produção de partes plásticas (como painéis, grades, entre outros), passando pela pintura dos para-choques, fundição, usinagem, área de solda e linha de montagem. De acordo com os monitores, desde a primeira peça até a finalização, o carro leva 15 horas para ficar pronto.

Depois de passar pelo controle de qualidade, 100% dos carros são testados na pista.

Além da otimização do espaço e da iluminação (natural), o que mais chama a atenção na fábrica é a limpeza. Desde o chão ao uniforme dos funcionários - 3.166 no total - o branco se destaca. A organização é outro ponto forte no local. Vale lembrar que a Honda segue a metodologia 5S, sigla que, em português, pode ser traduzida como: classificação, ordem, limpeza, normalização e manutenção. Segundo a marca, o resultado é o aumento da produtividade e a melhoria na qualidade dos produtos.

CENTRO DE TREINAMENTO

Mas a fábrica da Honda não se resume à produção de carros. Fomos conferir também o centro de treinamento, que foi ampliado em novembro e aumentou a capacidade de atendimento. O objetivo é a otimização da operação pós-vendas. Hoje, a Honda conta com 70 concessionários certificados no País, mas até o fim do ano a marca prevê 85.

No entanto, a montadora não informou os valores de investimentos consumidos pelas novas instalações.