O brasileiro vive bom momento econômico. Os indicadores de emprego, consumo e renda aumentam a cada mês. E o resultado disto é a elevação do consumo, principalmente das classes C, D e E, que antes não tinham tanto acesso ao crédito. E para que o dinheiro seja utilizado conscientemente, algumas entidades, órgãos públicos e empresas aproveitam a massificação da internet para contribuir com a educação financeira no País.

As iniciativas não são restritas, tendo em vista que são gratuitas. O alcance também é alto, já que a PNAD/2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que, em 2009, cerca de 16 milhões de domicílios tinham acesso à rede mundial de computadores.

Entre os meios de adquirir empréstimos, o cartão de crédito é um dos mais fáceis. Porém, suas taxas de juros são altas, ultrapassando a casa dos 10% ao mês. Para orientar como não cair nas armadilhas desta modalidade, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) mantém em seu site a informação: Cartão: a dica é saber usar. O www.dicasdocartao.com.br, tem sugestões de como administrar o uso do plástico.

As dicas vão desde não emprestar o cartão para outras pessoas, como fazer planejamento antes de passá-lo na ‘maquininha'. "Nunca comprometa o salário inteiro para liquidar dívida do cartão. E sempre procure pagar a fatura total e no vencimento, para não entrar nos juros", atesta o superintendente da entidade, José Alípio dos Santos.

Ele explica que é necessário se planejar, tabular os gastos feitos e previstos, para depois utilizar o cartão. E para isso, no site da entidade é possível inserir as despesas e exportar em arquivo para o computador, o que facilita a manutenção do orçamento.

Santos lembra que pesquisa da Abecs revelou que 33% dos consumidores da classe D e E possuem conta bancária, estado que dá acesso ao financiamento. Por outro lado, 36% mantinham cartão de crédito. "É uma forma de inserção no mercado financeiro e do consumo", afirma, destacando a importância de saber utilizá-lo.

A BM&FBovespa (Bolsa de Mercadorias, Valores e Futuros de São Paulo), instituição na qual são negociadas os ativos das empresas, também faz sua parte. Na página www.bmfbovespa.com.br existe a seção educacional. Além de dicas e cursos, tanto de educação financeira quanto sobre o mercado de ações, a empresa coloca no ‘ar' programas pela TV BVMF (www.tvbvmf.com.br) para contribuir com o melhor uso do dinheiro - tanto para comprar quanto poupar e investir.

Quem regula o mercado das empresas com ações na Bolsa também educa. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) coloca todos os ensinamentos no portal do investidor, no link www.portaldoinvestidor.gov.br. Não há segredos, até os jovens aprenderão com histórias em quadrinhos, vídeos e testes.

Entidade que representa as instituições financeiras, sem cobrar nada, também orienta o consumidor. A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) tem o Como investir? (www.comoinvestir.com.br). Além de mostrar como desenvolver consumo consciente e o controle de gastos, o site tem explicações didáticas sobre a maioria das modalidades de investimentos.

Sempre defendendo o consumidor, o Procon dá uma mãozinha para que a situação financeira dos brasileiros fique controlada. No site www.procon.sp.gov.br/pdf/ACS-CartilhaEducacaoFinanceira2009.pdf, o internauta encontrará cartilha com mais de 30 páginas com orientações.