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João Paulo defende verba pública para campanhas
28/01/2004 | 23:00
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  O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), afirmou nesta quarta que a corrupção no Brasil tem origem no financiamento das campanhas eleitorais. Na avaliação de Cunha, o custeamento público das campanhas, previsto na reforma política em tramitação na Casa, é essencial para o combate à corrupção porque os parlamentares terão mais “independência” e poderão exercer os mandatos com “mais tranqüilidade”. Ele defendeu a entrada na política de quem é “sério e honesto” para dar “menos espaço aos malandros”.

As declarações de Cunha foram dadas durante o recebimento de um pedido para a criação da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção na Câmara.

Em meio ao processo de cassação no Senado do novo senador, Mário Calixto Filho (PMDB-RO), suplente do ministro da Previdência Social, Amir Lando, o presidente da Câmara criticou a falta de cuidado dos senadores ao escolherem os substitutos. “Há também um problema de quem escolhe o suplente. Você pode escolher a companhia que você quer. Não é obrigado a andar com quem você não quer”, afirmou, numa crítica indireta a Lando.

Sobre o episódio de Calixto Filho, Cunha observou que será resolvido, caso o Senado tome as medidas necessárias. Um dos experts do PT em reforma política, o presidente da Câmara lembrou que os estudos dele sobre o tema quase sempre apontaram a mesma origem para a corrupção. “Acho que, invariavelmente, a corrupção tem origem no financiamento de campanhas eleitorais”, disse, ao receber um pedido assinado por 124 deputados para que seja criada a Frente Parlamentar de Combate à Corrupção na Câmara.

Na avaliação de Cunha, a frente parlamentar ajudará a eliminar a corrupção no Brasil. “A frente ajuda a combater, culturalmente, a corrupção. A corrupção é uma chaga e é antiga no Brasil. Para conseguir eliminá-la, vamos gastar bastante tempo. Quanto mais pessoas sérias e honestas entrarem na política, menos espaço para os malandros nós vamos deixar. Então, é melhor que as pessoas sérias e honestas façam política”, afirmou.

Cunha citou ainda que as campanhas eleitorais de parlamentares são, normalmente, financiadas por grandes grupos econômicos, que criam “laços” com o Poder Legislativo.




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