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Furacão Paloma perde força, mas causa danos em Cuba
Da AFP
09/11/2008 | 12:48
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O furacão Paloma, que perdeu força e entrou para a categoria 1 na madrugada deste domingo no leste de Cuba, assola a ilha com várias chuvas e inundações, que provocam sérios danos, mas ainda não deixaram vítimas, num país que ainda não se recuperou de outros dois ciclones.

Paloma carrega ventos de 140 km/h, o que o caracteriza como um furacão de força 1 na escala Saffir-Simpson, que vai até 5, mas deve se transformar durante o dia em tempestade tropical. Na segunda-feira, perto das Bahamas, deve virar uma depressão tropical, segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões americano), com sede em Miami.

Às 4h (7h de Brasília), o centro do furacão estava a 45 km a leste de Camagüey e perdeu velocidade de deslocamento, movendo-se a 7 km/h, segundo o NHC. Assim, ele vai demorar mais para sair das águas do Atlântico, o que estava previsto para a madrugada de segunda-feira, segundo dados locais.

Com a perda de velocidade, o furacão está despejando chuvas sobre Camagüey, principalmente nas proximidades de Nuevitas, na costa norte, mas antes havia causado transtornos no mar em Santa Cruz del Sur, por onde entrou.

Depois de atingir as Ilhas Caimán ao passar pelo Caribe, Paloma atingiu em cheio o território cubano na noite de sábado, perto de Santa Cruz, com potência de um furacão de categoria três, com ventos de 200 km/h.

Em Camagüey, o Rio Hatibonico, que atravessa a província, transbordou. Em alguns povoados como Santa Cruz, o mar invadiu alguns quilômetros do território e as ondas chegaram a quatro metros.

O furacão deixou muitos municípios de Camagüey e de outras províncias sem energia elétrica, derrubou antenas e torres de telecomunicações, e também muitas árvores, segundo repórteres na televisão.

Nas províncias de Camagüey, Las Tunas, Holguín e Granma mais de meio milhão de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, segundo a Defesa Civil.

As autoridades e a população preparam alojamentos e alimento para os desabrigados. Quase todo o transporte terrestre, marítimo e aéreo foi paralisado, com exceção de Havana e da província de Pinar del Río, a mais ocidental de Cuba.

Este é o terceiro furacão que atinge diretamente a ilha em dois meses: Ike e Gustav arrasaram todo o país, deixando sete mortos, cerca de US$9 bilhões em perdas, meio milhão de casas destruídas ou danificadas, e um grande desabastecimento de produtos agrícolas.

 




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