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Sindicato de Diadema contesta criação de cargos
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
11/03/2010 | 07:11
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A direção do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) protocola hoje, na Câmara, documento em que contesta a criação de 14 cargos de livre provimento e sem definição preliminar das funções por parte do Executivo. No total, a administração Mário Reali prevê 44 cargos públicos: 30 efetivos de agente administrativo 2, além dos 14 comissionados.

A votação dos dois projetos do Executivo, que visa novos cargos e despesas aos cofres municipais, ocorre na Câmara hoje à tarde, exatamente um dia depois de a Prefeitura ter novamente suspendido o abastecimento de combustível da frota de veículos própria e terceirizada (Transkomby). Motivo: atraso no pagamento para o fornecedor.

Para a presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves, está mais do que na hora de a Prefeitura fazer uma reestruturação administrativa "séria" para organização do serviço público. A última reforma ocorreu em 1995, no primeiro mandato do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT). "De lá para cá, só se criam cargos. A Prefeitura virou um Frankenstein, cheia de remendos", afirmou Jandyra.

A crítica da representante sindical é fundamentada no fato de a Prefeitura primeiro criar os 14 cargos comissionados e somente depois de 60 dias, a partir da aprovação da lei e por meio de decreto executivo, descrever as atribuições. "Nunca vi isso. As funções são determinadas depois dos cargos. Qual será a atribuição do subcorregedor geral", questionou Jandyra, referindo-se a um dos 14 cargos.

A Prefeitura prevê ainda alterações de unidades administrativas. O Sindema contesta a transferência da CPP (Comissão Processante Permanente), que pertencia à Secretaria de Assuntos Jurídicos, para a estrutura organizacional da Secretaria de Gestão de Pessoas. "Além de ser uma transferência para setor inadequado, agora qualquer pessoa, sem qualiCS10ficação técnica, pode ser nomeada pela CPP", apontou Jandyra.

Sobre a posição do Sindema, a Prefeitura respondeu que respeita, mas que "tem autonomia plena para decidir sobre questões de natureza organizacional e administrativa". O ofício da entidade será avaliado pelos vereadores.

Transporte - Ontem, pela segunda vez consecutiva neste ano, alunos da Educação Especial ficaram sem o transporte público para ir à escola. Sem combustível, viaturas e motocicletas da GCM (Guarda Civil Municipal) pararam em pontos fixos, conforme o Diário apurou. Indagada sobre o problema, a Prefeitura respondeu que "já regularizou o abastecimento da frota".

"Novamente, ligaram da Educação na terça-feira à noite dizendo que não teria transporte hoje (ontem)", afirmou Elizalma Silva, mãe de Suellen, que se locomove apenas com cadeira de rodas. O encarregado da Transkomby, Leonildo Mariano, novamente negou o problema. "Não fiquei em Diadema, mas não recebi nenhuma reclamação", afirmou.




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