João Pedro Stédile, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), declarou neste sábado que a análise das gravações com as afirmações que ele fez na quarta-feira, no Rio Grande do Sul, provarão sua inocência. O Ministério Público vai analisar um pedido de ruralistas para a prisão de Stédile por “incitar a violência” ao ter dito que os sem-terra deveriam “acabar com os fazendeiros”.

Segundo Stédile, os promotores ficarão sabendo com a fita que ele “não quis pregar a violência”. O líder dos sem-terra voltou a culpar a imprensa por ter “pinçado” parte do discurso que fez no município gaúcho de Canguaçu.

Na declaração divulgada pelo jornal Zero Hora, Stédile disse que os ruralistas são “inimigos”, mas que o “exército” dos agricultores sem-terra é maior. Ele também teria dito que são 23 milhões de sem-terra “contra” 27 mil ruralistas e que só é preciso “cada mil (agricultores) pegarem um” fazendeiro.

Neste sábado, o líder do MST realizou palestra fechada à imprensa no auditório da Escola Técnica Federal de Sergipe, para cerca de 500 militantes.