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Petrobras quer integração no Exterior
08/05/2008 | 07:18
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A estratégia da Petrobras de ser uma empresa integrada de energia deve ser levada para outras partes do mundo. Combinando as atividades de exploração, produção, refino e distribuição, a companhia tem o controle sobre toda a cadeia, o que possibilita minimizar indesejadas variações de margem.

O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, afirma que a integração deve ser uma estratégia a ser perseguida pela companhia e que as possibilidades em torno desse projeto serão analisadas à medida que aparecerem nos mercados onde a Petrobras atua - hoje a companhia está presente em 23 países.

Nos Estados Unidos, a empresa tem negócios em exploração e possui metade da refinaria de Pasadena, no Texas, cujo controle total está sendo negociado com a Astra Oil. Gabrielli diz que, com a finalidade de integração, a entrada da companhia nas atividades de distribuição também pode ser analisada naquele país.

O apetite da companhia pelo mercado norte-americano, aliás, parece bastante aguçado. Nesta semana, nenhum visitante ou expositor da OTC (Offshore Technology Conference), que acontece na cidade americana de Houston, no Texas, passou ileso à marca Petrobras. Os corrimãos de todas as escadas rolantes do evento receberam adesivos com o logotipo da companhia, em verde e amarelo.

É um detalhe que confirma a impressão que se tem nos bastidores: a de que a Petrobras procura marcar território nos Estados Unidos.

Segundo Gabrielli cada vez que aparece uma oportunidade, ela é analisada dentro desse contexto e em função da viabilidade de integração estratégica, além do retorno do projeto particularmente. A partir daí as decisões são tomadas.

"Aqui nos Estados Unidos, nós temos forte investimento em exploração (são mais de 300 blocos) e produção no Golfo do México. Estamos concentrando os nossos investimentos em áreas que nós consideramos com maior probabilidade exploratória e temos 50% de uma refinaria. A distribuição nos Estados Unidos pode ser considerada, mas não analisaremos a distribuição isolada da integração com refino e produção", afirmou.

NIGÉRIA
Ainda de acordo com o executivo, a maior inversão prevista é no mercado dos Estados Unidos, mas a maior produção da companhia virá da Nigéria, onde a empresa é sócia em dois campos operados por outras empresas e há um campo da estatal brasileira em operação, cuja produção começa no próximo mês.

Além disso, a companhia amplia a atividade na Ásia de forma bastante intensa. "Temos hoje uma política internacional que ocupa 15% dos nossos investimentos previstos. Nossos investimentos totais são de US$ 112 bilhões até 2012, 85% disso no Brasil e 15% no mercado internacional", disse.




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