A moçao, apresentada pela Polônia e República Tcheca, dois ex-aliados de Fidel Castro, manifesta preocupaçao com a repressao contra os membros da oposiçao e com a prisao de dissidentes.

Quatorze países se abstiveram de votar. O governo cubano disse que os Estados Unidos eram os verdadeiros autores da moçao. Os países da Uniao Européia votaram contra Cuba, mas o embaixador português, Alvaro de Mendonça e Moura, afirmou que a resoluçao deveria mencionar os efeitos negativos do embargo econômico norte-americano à ilha.

A China conseguiu impedir a revisao da situaçao dos direitos humanos em seu território, mobilizando novamente o apoio dos países do Terceiro Mundo para bloquear a moçao apresentada pelos Estados Unidos. A medida acusava a China de suprimir a religiao e a dissidência.

Como em anos anteriores, o respaldo de numerosos países em desenvolvimento, que dominam a comissao de 53 membros, foi o que impediu o debate dessa tentativa de censurar a China pela primeira vez.

``Devemos reconhecer que a situaçao dos direitos humanos na China continua sendo grave', disse o secretário-assistente de Estado norte-americano, Harold Koh. ``A situaçao de seus direitos humanos nao melhorou e, de fato, tem deteriorado, marcadamente nos últimos doze meses', acrescentou.

Uma censura da Comissao da ONU nao significa uma sançao, mas atrai a atençao internacional para a situaçao dos direitos humanos no país censurado.

O embaixador russo, Vasily Sidorov, descreveu a moçao norte-americana como contraproducente e disse que ``nao pode passar por cima das mudanças positivas' registradas na China.