A Ford anunciou ontem que irá demitir, até o fim de agosto, 7.000 trabalhadores em todo o mundo. Isso significa 10% do efetivo global da montadora. O objetivo é reduzir custos para elevar a competitividade da empresa. “A Ford está realizando amplo processo de reestruturação organizacional com o objetivo de dar ainda mais agilidade e autonomia a suas equipes ao redor do mundo, ao mesmo tempo em que se transforma em empresa mais compacta e eficiente”, afirmou a marca, em nota. “Alinhado ao nosso objetivo de diminuir a burocracia, também reduzimos a estrutura gerencial em 20%, o que resultará em economia anual de cerca de US$ 600 milhões (R$ 2,4 bilhões).”

A maior parte dessa reestruturação já está finalizada na América do Norte e será concluída até agosto na Europa, China e América do Sul. São estimados 2.300 cortes só nos Estados Unidos. Na semana passada, a montadora anunciou o desligamento de 160 operários de Taubaté, e até novembro a atividade em São Bernardo será encerrada – há empresas interessadas em adquirir a planta e empregar seus 2.800 profissionais, como a Caoa, que, no entanto, condicionou avanço das negociações à aprovação da reforma da Previdência.

As mudanças, que afetaram a região devido à decisão de parar de produzir caminhões na América do Sul, ocorrem ao mesmo tempo em que a empresa avança com sua aliança junto à Volkswagen. As montadoras irão compartilhar plataforma de picape.