"Esperamos que as informações que estão circulando não sejam verdadeiras", declarou o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro Valls, e seu adjunto acrescentou que esperava que "Milingo faça uma declaração, porque nós não podemos confiar em informações de terceiros", sobre o suposto casamento do arcebispo zambiano Emmanuel Milingo.

A agência de imprensa italiana Ansa informou este sábado em Nova York que o septuagenário Milingo iria se casar este domingo nesssa cidade com uma coreana de 43 anos, escolhida para ele pelo reverendo coreano Sun Myung Moon, chefe da seita do mesmo nome, durante uma cerimônia na qual sessenta casais contrairiam matrimônio.

O porta-voz do Vaticano, no entanto, recordou que "já há certo tempo o arcebispo Milingo não tem qualquer cargo em dioceses ou paróquias romanas".

Nascido em 13 de junho de 1930 num povoado do leste de Zâmbia, Milingo se converteu em arcebispo de Lusaka aos 39 anos, e começou a incomodar o Vaticano com suas atividades de curandeiro e exorcista.

Chamado a Roma em 1983, foi "encostado" no Vaticano. Era o responsável por um organismo do Estado encarregado da pastoral do turismo, posto que deixou em 1999.

O arcebispo aproveitou esse tempo para gravar dois discos, o primeiro batizado de "Gubudú Gubudú" (o bêbado) e o segundo "Milingo", e para escrever uma autobiografia chamada "O curandeiro de almas".