Abreu qualificou o entendimento entre os dois países como ``uma falta de consideraçao ao espírito do Mercosul'. Os ministros da Indústria dos quatro países (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) do bloco tem agendadas reunioes onde se discutiria o regime automotivo para 2 e 3 de março em Buenos Aires.
``Estamos nos aproximando da hora de saber quem usa o Mercosul quando lhe convém e o deixa de lado quando se transforma em um obstáculo aos seus objetivos', disse Abreu.
Ele ressaltou que Argentina e Brasil estao agindo à margem do protocolo de Ouro Preto (1994), ``quando se criaram grupos especiais de negociaçao para o setor automotivo e açucareiro, e se refletiu com clareza que as negociaçoes sobre esses temas devem ser entre os quatro países membros.
Em março, os dois maiores sócios do bloco chegaram a um acordo bilateral que logo tentaram ampliar ao Mercosul. Na reuniao de ministros da Indústria de 7 de abril, em Buenos Aires, o Uruguai apresentou uma proposta para comércio de automóveis no Mercosul. Argentina e Brasil responderam imediatamente com uma contraproposta, que nao foi aceita pela delegaçao uruguaia.
O acordo de Brasil e Argentina inclui alíquotas de importaçao de 35% para veículos montados e de 18% para peças, tarifas que o Uruguai nao está disposto a aceitar.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.