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Uruguai critica acordo automotivo entre Brasil e Argentina
Do Diário do Grande ABC
19/04/2000 | 15:23
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O ministro da Indústria do Uruguai, Sérgio Abreu, criticou a atitude de Argentina e Brasil, os dois maiores sócios do Mercosul, que anunciaram para a próxima quarta-feira a assinatura de seu acordo sobre comércio bilateral no setor automotivo. O tratado bilateral começará a valer em 1º de julho.

Abreu qualificou o entendimento entre os dois países como ``uma falta de consideraçao ao espírito do Mercosul'. Os ministros da Indústria dos quatro países (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) do bloco tem agendadas reunioes onde se discutiria o regime automotivo para 2 e 3 de março em Buenos Aires.

``Estamos nos aproximando da hora de saber quem usa o Mercosul quando lhe convém e o deixa de lado quando se transforma em um obstáculo aos seus objetivos', disse Abreu.

Ele ressaltou que Argentina e Brasil estao agindo à margem do protocolo de Ouro Preto (1994), ``quando se criaram grupos especiais de negociaçao para o setor automotivo e açucareiro, e se refletiu com clareza que as negociaçoes sobre esses temas devem ser entre os quatro países membros.

Em março, os dois maiores sócios do bloco chegaram a um acordo bilateral que logo tentaram ampliar ao Mercosul. Na reuniao de ministros da Indústria de 7 de abril, em Buenos Aires, o Uruguai apresentou uma proposta para comércio de automóveis no Mercosul. Argentina e Brasil responderam imediatamente com uma contraproposta, que nao foi aceita pela delegaçao uruguaia.

O acordo de Brasil e Argentina inclui alíquotas de importaçao de 35% para veículos montados e de 18% para peças, tarifas que o Uruguai nao está disposto a aceitar.




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