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Câmara aumenta número de assessores por vereador
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
18/02/2009 | 07:00
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Depois de o Legislativo de Diadema, agora é a vez da Câmara de Santo André causar polêmica e legislar em causa própria. Os vereadores votaram ontem, em primeira discussão, projeto que prevê o aumento da quantidade de assessores e da verba que cada gabinete recebe mensalmente para gastar.

Amanhã, quando a matéria deve ser aprovada em definitivo, cada um dos 21 vereadores terá a opção de contar com até 12 assessores cada. O limite, até então, era de nove funcionários, no máximo.

O gasto mensal por gabinete passa dos atuais cerca de R$ 21,5 mil para R$ 27.649,73. O projeto irá onerar os cofres públicos em aproximadamente R$ 126 mil no caso de todos os parlamentares resolverem contratar a quantidade máxima de assessores a que têm direito pelo projeto a ser aprovado.

É a segunda reorganização administrativa do Legislativo local em menos de dois anos.Em maio de 2007, o então presidente da Câmara, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), promoveu uma mudança que, entre outras coisas, aumentou o número de assessores de seis para nove, e a verba mensal de R$ 17,2 mil para R$ 19,7 mil.

O atual chefe do Legislativo, Sargento Juliano (PMDB), defende o projeto. E rechaça que a medida seja impopular, especialmente após as duras críticas da opinião pública direcionadas aos vereadores de Diadema, os quais, neste mês, aprovaram 13º salário e vale-refeição para eles próprios.

"A crítica sempre existe, principalmente daqueles que não têm conhecimento do tamanho da cidade. Temos de ir nos adequando à realidade do município. Além disso, somos vale lembrar que somos a única Câmara da região a ter duas sessões semanais", argumentou. Juliano, segundo o qual 12 assessores ainda são "insuficientes para cobrir todos os bairros" de Santo André. "As pessoas criticam, mas não deixam de cobrar que a gente esteja em todos os bairros ao mesmo tempo", reclamou o peemedebista.

Ele admitiu, porém, que nem todos os vereadores contratarão o teto máximo de funcionários. Hoje já funciona dessa forma. Mesmo podendo contar com nove assessores, nem todos os parlamentares preenchem as vagas disponíveis. Preferem manter um gabinete mais enxuto, pagando salários maiores.

DEFESA - Na opinião de Juliano, mesmo com a reformulação interna a Casa será uma das menos onerosas do Grande ABC. "Se fizermos uma comparação, continuamos a gastar menos", disse o peemedebista, o qual garantiu que um estudo está em curso no sentido de promover corte de gastos na Casa.

A Câmara de São Bernardo, por exemplo, que também conta com 21 vereadores, disponibiliza 13 assessores para cada parlamentar. Os salários variam de R$ 1.140 a R$ 5.400.




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