A possível ida do advogado e presidente do DEM de Santo André, Raimundo Salles, para o PDT tem causado atritos internos na sigla. O democrata nem bem concretizou a migração e lideranças pedetistas já se dividem. Na terça-feira, Salles adiantou ao Diário que teria uma reunião ontem com o presidente municipal do PDT, Adonis Bernardes, e o sindicalista Cícero Martinha para acertar os detalhes da iminente mudança.
Na ocasião, afirmou que sua ida para o PDT era quase certa, inclusive para disputar o Paço andreense. Contudo, Salles atendeu o primeiro telefonema dizendo que estava em reunião e que concederia entrevista mais tarde. Mas não foi mais localizado. Fontes próximas ao democrata confirmam a reunião com os pedetistas. Já Bernardes negou que o encontro tenha ocorrido.
Ao que tudo indica, a discrição ao falar do assunto se dá para evitar mais rusgas dentro do PDT, que se divide sobre a entrada de Salles.
De um lado, Bernardes e Martinha gostam da ideia. O sindicalista é quem articula desde 2008 a ida do advogado para a sigla. Ele também não retornou as ligações.
Do outro, o vereador e vice-presidente do PDT andreense, Aílton Lima, que não está nada satisfeito com a situação. O parlamentar disse que como dirigente "não está disposto a aceitar a prática de gafanhotos (referindo-se a Salles), que por onde passam só deixam destruição".
Lima já havia dito para que Salles pedisse licença para entrar no partido, pois, segundo ele, o democrata estaria tratando a questão com integrantes da sigla isoladamente. "Não abono esse tipo de atitude do Adonis. Tem que discutir com a estadual."
Após conversar com Lima, Bernardes relatou que iria debater antes com a executiva paulista, mas que Salles é "um candidato em potencial caso venha para o PDT". "Existe da minha parte convite para ele vir para o PDT. Mas o Salles ficou de conversar com os parceiros dele e eu com os meus. Ainda não fizemos isso."
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