Durante carreata por Santo André ontem, que saiu da Avenida Firestone, percorreu a Vila Pires, Vila Luzita, Jardim Guarará e foi finalizada no Jardim Santo André, o candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante, criticou a estratégia de campanha de seu principal rival, o tucano Geraldo Alckmin. O petista também comentou o ato do PSDB previsto para acontecer na quinta-feira nas cidades de Santo André e Mauá com a presença de Alckmin e do presidenciável José Serra (PSDB).

Segundo tucanos da região, o objetivo do movimento é colocar no centro das atenções o escândalo da Receita Federal, que quebrou o sigilo fiscal de pessoas ligadas a Serra e é apontado pela sigla como esquema armado pela campanha da presidenciável pelo PT Dilma Rousseff para prejudicar o adversário tucano. Os candidatos também utilizariam do momento para obter a confiança do eleitor dos dois municípios, especialmente Mauá, reduto petista.

Para Mercadante, a manutenção da estratégia do PSDB de atacar o PT trará desgaste para a campanha dos tucanos. "Eles não têm o que apresentar ao Brasil. Não conseguem comparar o governo deles com o governo Lula. Não têm projeto. O que ele (Alckmin) tem feito só faz com que ele caia nas pesquisas", referindo-se aos últimos levantamentos. No do Ibope, divulgado sexta-feira, o candidato do PSDB que tinha 51% nas intenções de voto na pesquisa anterior caiu para 46%. Já Aloizio Mercadante cresceu dois pontos, passando de 20% para 22%.

O Datafolha divulgou no sábado que Alckmin apresenta 49%, com queda de um ponto em relação ao levantamento anterior. Porém, o pleiteante petista também oscilou um ponto percentual para baixo e aparece com 23%.

Mercadante respondeu aos ataques realizados pelo programa eleitoral de Alckmin no qual diz que Mercadante faltou em sessões do Senado como a da votação para verba do metrô de São Paulo. "Acho que se ele acreditasse nas pesquisas não estaria me atacando. Mas ele sabe que nas ruas estou crescendo e ele caindo. Vou continuar fazendo minha campanha."

Casa Civil - O pleiteante ao Palácio dos Bandeirantes cumpriu agenda de campanha em Paraisópolis, Zona Sul da Capital, ao lado de Dilma. Questionado sobre o novo escândalo denunciado pela revista Veja que acusa a Ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito de Dilma, de cobrar propina em contrato do governo federal, o petista desconversou. "Vamos aguardar, verificar, pois parece que o próprio empresário (Fábio Baracat, dono da Via Net Express, empresa de transporte de carga aérea e então sócio da MTA Linhas Aéreas que teria negociado para ampliar a participação de suas empresas nos Correios) desmentiu a matéria."