Os 800 trabalhadores do primeiro turno da Ina Brasil, indústria de autopeças de Sorocaba, a 92 quilômetros de Sao Paulo, cruzaram os braços na manha desta quinta-feira para reivindicar o acordo coletivo nacional, unificando salários e direitos trabalhistas do setor automotivo em todo o país. No total, a empresa tem 1.300 empregados na cidade. A paralisaçao, liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Regiao, filiado à Central Unica dos Trabalhadores (CUT), durou cerca de duas horas e faz parte do "Festival de Greves" organizado pelas centrais de trabalhadores em vários Estados.

Segundo os sindicalistas, a padronizaçao dos direitos dos trabalhadores evitaria a migraçao de empresas entre os Estados. De acordo com o sindicato sorocabano, como até nesta quinta os empresários nao tinham concordado em discutir o assunto, as centrais decidiram deflagrar greves por tempo determinado. As primeiras paralisaçoes ocorreram dia 23 de setembro, no Rio de Janeiro. Na semana passada, as manifestaçoes aconteceram em Minas Gerais, onde houve confronto com a polícia. Hoje os protestos ocorreram em Sao Paulo e, nas próximas semanas, serao organizados no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.