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Marca Dolly acusa Coca-Cola de tentar tirá-la do mercado
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
20/10/2003 | 20:30
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O proprietário da marca de refrigerantes Dolly, Laerte Codonho, reuniu-se nesta segunda-feira com o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e disse ter apresentado uma lista de fornecedores dispostos a testemunhar contra a Coca-Cola. Segundo ele, esses fornecedores foram obrigados, pela concorrente norte-americana, a paralisar o fornecimento à Dolly para que ela não pudesse atender seus clientes.

Coutinho afirmou que dentro de 15 dias apresentará todas as provas que confirmam a sua denúncia. "Vamos entregar provas que apontam que a Coca-Cola tentou tirar as empresas menores do mercado, sendo que a Dolly foi o principal alvo. E que eles realmente não pouparam nenhum tipo de intriga, de pressão em cima de clientes e fornecedores para que a Dolly saísse do mercado", afirmou.

O empresário garantiu ter uma fita de vídeo com a gravação de uma conversa sua com Luís Eduardo Capistrano do Amaral, ex-diretor de compras e estratégia da Spal-Panamco, maior engarrafadora da Coca-Cola no Brasil. Em tal gravação, Capistrano teria dito que sua missão era tirar a Dolly do mercado. De acordo com Codonho, a empresa norte-americana foi a responsável pelo envio de um e-mail afirmando que os refrigerantes da marca Dolly faziam mal à saúde.

"Vindo à tona tudo isso, me tranqüiliza saber que se alguma coisa acontecer comigo ou com alguém da minha família, está claro que será obra da Coca-Cola", acusou Codonho.

Após as denúncias do proprietário da Dolly, a Coca-Cola divulgou nota oficial rebatendo as acusações e comentando o assunto. "Com 60 anos de presença no Brasil, a Coca-Cola e seus fabricantes adotam uma conduta comercial fundamentada em princípios éticos, que respeitam as normas legais e a concorrência leal em todos os segmentos que atua. Como resultado, ao longo destes anos, vêm conquistando a preferência de clientes e consumidores com produtos da mais elevada qualidade", afirma a empresa.

Sobre o e-mail condenando o consumo dos refrigerantes da concorrente, a Coca-Cola declara que a acusação "é falsa e sem sentido". "Este e-mail, na verdade, atingiu o Guaraná Kuat, numa versão criminosa de grande repercussão na internet", rebate.




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