Política Titulo Quinta tentativa
Sem vice de Reali, PSB pensa em lançar Gilson
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/04/2012 | 07:24
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Com possibilidade real de não continuar com a vice do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), o PSB inicia montagem de uma provável chapa própria na corrida majoritária. E o nome que encabeçaria o projeto é justamente o que tem sido renegado pelos aliados para sua continuidade no governo petista: o do ex-prefeito Gilson Menezes (PSB).

Na semana passada, o PSB exigiu sua manutenção como vice de Reali. O secretário de Segurança Alimentar e presidente do PSB, Manoel José da Silva, o Adelson, justificou a postura à orientação partidária de lançamento de candidatura majoritária em cidades com mais de 200 mil habitantes.

"Minha vontade é o PSB continuar como vice do Mário. Ele tem sido parceiro e mostramos fidelidade ao seu governo. Mas tenho ordem estadual e nacional a seguir. E se não tivermos a vice e precisarmos lançar candidato próprio, o nome que defendo é o do Gilson", frisou Adelson.

Apesar de avaliar a reunião de aliados para troca de vice como "precipitada", Gilson mostrou ceticismo em aparecer como protagonista nas urnas em outubro. "A priori o PSB quer ser vice do Mário Reali. Caso não tenha, teremos de fazer essa discussão. Hoje isso nem é tratado internamente. Não é tão simples lançar uma candidatura própria. Ainda mais sem se preparar direito para isso. Hoje só pensamos na vice."

Caso o cenário desfavorável socialista se confirme, Gilson entraria pela quinta vez na disputa pela Prefeitura. Ferramenteiro, Gilson se tornou o primeiro prefeito eleito da história do PT, em 1982, e governou Diadema até 1988. Em 1992, tentou retornar ao Paço, mas a reprovação de contas anuais de sua gestão o forçou lançar sem sucesso sua então mulher, Eliete Menezes (ex-PSB, hoje PT), ao Paço.

Quatro anos depois, voltou ao comando de Diadema, vencendo eleição contra José Augusto da Silva Ramos (ex-PT, hoje PSDB). Os sinais de enfraquecimento nas urnas apareceram em 2000, quando Gilson, pelo PSB, sequer chegou ao segundo turno na busca de renovar o mandato como prefeito. Em 2004, pelo PL, houve novo revés eleitoral.

Em 2008, Gilson chegou a colocar o nome na corrida ao Paço, foi cotado para ser vice de José Augusto, mas acabou migrando para a campanha de Reali.




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