Projeto de renovação, desgarrado das candidaturas tradicionais, é o que, segundo o vereador Atila Jacomussi (PPS), justifica a ausência de partidos de peso no arco de alianças à sua pré-candidatura a prefeito de Mauá. Desde que trocou o PV pelo PPS e anunciou sua intenção de concorrer ao Executivo, em setembro, o popular-socialista conta apenas com os apoios dos nanicos PRP e PSC.

"Sabia que teria esta dificuldade justamente por fugir das candidaturas tradicionais. Mas quem está comigo não tem vícios políticos e representa a renovação, que é o que a população clama", avalia.

Dos partidos aliados, o PRP aderiu ao projeto como numa simbiose, já que tem como principal expoente o pai de Atila, Admir Jacomussi, ex-vereador por sete mandatos e secretário de Obras no governo Leonel Damo (2005 a 2008). O patriarca é, inclusive, responsável por encabeçar as articulações para fortalecer a pré-candidatura do popular-socialista. Já o PSC foi atraído pela abertura da chapa, e deverá emplacar a pastora Genilda Ribeiro como vice.

Vice-presidente estadual e coordenador do PPS no Grande ABC, o deputado estadual Alex Manente minimiza a importância de Atila firmar amplo bloco de apoiadores. "Já tem mais do que eu tive quando fui candidato a prefeito em São Bernardo (em 2008). Só dois me apoiaram (PCdoB e o próprio PPS)", compara - na ocasião, Alex ficou em terceiro lugar, com 12% dos votos. "Numa eleição com a oposição tão fragmentada (cogitando até quatro candidaturas) o número que ele atingiu até aqui é razoável."

As candidaturas tradicionais citadas por Atila são a do prefeito Oswaldo Dias (PT), e a da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). A chapa governista projeta a adesão de ao menos nove legendas, enquanto que a da parlamentar tem os apoios de PSD e DEM, e está próxima de fechar acordo com o PSDB, do governador Geraldo Alckmin. "O Alex perdeu a eleição em 2008 porque faltou um partido", brincou Atila, sobre ter três apoiadores.