A cada dia que passa aumenta, pelo menos aparentemente, a possibilidade de que a célula de combustível venha a substituir o motor de combustao interna em veículos, da motocicleta ao automóvel, do caminhao ao ônibus, do trem ao navio. A única dúvida concreta, em termos de aplicaçao, refere-se ao aviao. A velocidade de desenvolvimento de protótipos e sua colocaçao inicial em automóveis, furgoes e ônibus, é cada vez maior.

O mais novo protótipo de um sistema de trem de força a célula de combustível vem da GM e é chamado Hydro Gen1, que em inglês vale tanto como a palavra hidrogênio mal pronunciada, como a expressao gênio hidráulico. O pacote de células do Hydro Gen1 tem um terço do tamanho da versao anterior, mas produz 80 kilowatts (107 cv), 60% a mais. Sua eficiência térmica está entre 53 e 67%, quase quatro vezes mais do que a dos melhores motores a combustao interna queimando gasolina.

Essas células de combustível operam bem até mesmo a 40 graus centígrados negativos, precisando apenas de meio minuto para ficar operacional - dez vezes menos tempo do que as melhores células até aqui conhecidas. O trem de força com as células anteriores da GM, colocadas num Zafira enchiam o compartimento do motor, o porta-malas e metade do banco traseiro. O Hydro Gen1 cabe dentro do compartimento do motor, mais um volume de 10 cm de altura dentro do porta-malas e de 4 cm debaixo do banco traseiro. O taque de hidrogênio ocupa o mesmo espaço do tanque de gasolina do Zafira, e dá um raio de açao de 600 km.

O mais interessante de tudo isso é que o Hydro Gen1 nao é o resultado de alguma descoberta extraordinária, e sim de um metódico trabalho de engenharia de detalhes: miniaturizaçao de toda a eletrônica, tubulaçao mais simples e uma melhor compreensao do que sejam as condiçoes operacionais de um veículo de linha que venha a ser comercializado. A GM descobriu que adaptar o trem de força ao "envelope de desempenho" do veículo seria mais do que suficiente, bastando para isso um pacote de células mais simples e barato do que o antigo.