Economia Titulo Oportunidade
Padarias do Grande
ABC têm 3.000 vagas

Sindicato do setor recebe currículos para função de
balconista, copeiro, garçom e caixa até 30 de maio

Soraia Abreu Pedroso
Do Diário do Grande ABC
16/04/2012 | 07:38
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O setor da panificação no Grande ABC tem defasagem de 3.000 funcionários na área de atendimento, os quais o Sipan (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santo André e região) busca recrutar até 30 de maio. Há vagas para balconistas, copeiros, chapeiros, garçons, caixas e auxiliares de limpeza.

O setor de atendimento requer mais profissionais porque, geralmente, emprega 60% do total da folha de pagamento das padarias. O restante, fica ocupado na área industrial, que realiza a confecção dos alimentos.

Na avaliação do presidente do Sipan, Antonio Carlos Henriques, esse é um número alto, pois corresponde a 17,6% do total de 17 mil funcionários que o setor emprega na região. “Essas são atividades marcadas por alta rotatividade no segmento. E muitos dos que atuam nessas funções não têm preparo algum”, afirma. “Por isso, investiremos em treinamento para que esses profissionais já comecem a trabalhar mais preparados.”

Antes mesmo de pegar no batente, os candidatos podem fazer gratuitamente cursos oferecidos pelo Sipan em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). São duas semanas de aulas, divididas em 12 horas para manipular alimentos e outras 12 horas de atendimento ao cliente. As capacitações acontecem no sindicato.

Após começarem suas atividades, eles terão aulas de informática, com duração de 80 horas. A necessidade se faz por conta de muitas padarias terem sistemas informatizados.

ROTATIVIDADE - Um dos fatores que levam à rotatividade é a falta de mão de obra que, quando há, e com qualidade, é demandada por outros estabelecimentos que podem oferecer melhores salários. Ou ainda, esses profissionais migram para a construção civil ou empresas do ramo de alimentos. O piso da categoria varia de R$ 812 (para estabelecimentos com até 60 funcionários) a R$ 880 (acima de 60 trabalhadores). Os benefícios oferecidos aos candidatos às 3.000 vagas são convênio médico, seguro de vida, auxílio funeral, vale-transporte e alimentação no local. Além disso, Henriques esclarece que, se o funcionário demonstrar potencial, ele pode ser promovido.

De fato, conforme explica a gerente de desenvolvimento da Padaria Brasileira, Rosângela Costa, muita gente entra como auxiliar de limpeza, ganhando R$ 880, e logo muda de função, para trabalhar como auxiliar de confeitaria. O salário, segundo ela, passa de R$ 1.000. Padeiros da região ganham entre R$ 1.200 e R$ 3.000, dependendo da qualidade do trabalho e confeiteiros chegam a receber R$ 5.000.

CADASTRO - Para se candidatar não é preciso ter experiência nem ter trabalhado no setor. Basta ter completado o Ensino Fundamental e ser maior de 17 anos. “Queremos dar oportunidade a pessoas que estão em busca do primeiro emprego ou que estão desempregadas, formando mão de obra qualificada.” A jornada de trabalho é de oito horas diárias, com uma folga semanal.

Os interessados devem se cadastrar no site do Sipan (www.sipan-aipan.org.br). À direta da página, com destaque, está o banco de currículos. Quem não tiver um pronto, pode preencher formulário com suas informações pessoais e profissionais. Os que não tiverem acesso à internet, podem enviar pelos Correios para a sede do sindicato, em Santo André, localizada à Rua Marechal Hermes, 187, Bairro Jardim. O CEP é 09090-230.

 

 

Setor promete mais qualificação para 2º semestre

A partir do segundo semestre, o Sipan vai oferecer cursos para padeiro, confeiteiro, cozinheiro, ajudante de cozinha, salgadeiro, saladeiro e pizzaiolo.

O intuito, de acordo com Antonio Carlos Henriques, presidente do sindicato, é qualificar melhor a mão de obra nas padarias.

E essa profissionalização ocorre mesmo em momento em que os estabelecimentos têm registrado perda de movimento. Acostumados a crescimento de dois dígitos, entre 10% e 13% nos anos anteriores, em 2011 o setor avançou apenas 5%.

Henriques afirma que esse é apenas um momento em que o consumidor está muito endividado por conta do crescimento de seu poder de compra nos últimos anos, aliado a incentivos do governo, que favoreceu a aquisição de veículos e itens da linha branca. A concorrência com mercadinhos que vendem pão francês também contribui ao cenário.

O fato é que as panificadoras têm investido cada vez mais em produtos diferenciados e na oferta de refeições a fim de atrair clientes. O que inclui o treinamento de seus profissionais.

 




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