A cirurgia foi realizada na clínica do médico ginecologista Vanderson Bullamah. Segundo o laudo do Centro Médico Legal (Cemel) de Ribeirão, a estudante morreu na noite da sexta-feira passada devido a complicações na cirurgia de lipoaspiração no abdômen, feita na quinta-feira na clínica do ginecologista.
Uma das depoentes desta quinta é uma enfermeira que auxiliou Bullamah durante a lipoaspiração. A outra é a secretária do médico, que tem um caderno onde há anotações de que a garota não queria fazer a cirurgia porque tinha medo de morrer. O material já está em poder da polícia.
O advogado do médico, Armando Nogara, disse que a anotação feita pela secretária não deverá ter influência nas investigações, pois ele acredita que este é um medo comum às pacientes.
A clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, durante fiscalização.
Ainda não há data definida para o depoimento de Bullamah, dos outrops profissionais que participaram da cirurgia, dos mpedicos que atenderam a jovem no Hospital Beneficência Portuguesa, além dos familiares da vítima.
Vanderson Bullamah tem antecedentes de processos na Justiça e no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado de São Paulo.
Outras duas mulheres morreram depois de fazer cirurgias de lipoaspiração com o ginecologista em 1996.
Em 1999, o CRM aprovou a cassação do registro profissional do médico por tempo indeterminado. Após recorrer ao Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, o médico conseguiu suspensão da sentença por 30 dias, no período de 9 de abril a 8 de maio de 2001.
O CRM decidiu em reunião extraordinária no último dia de julho suspender o registro profissional do médico por tempo indeterminado após a morte de Helen, e abriu novo processo contra ele. O novo processo aberto pelo CRM deverá ser enviado ao CFM.
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