Turismo Titulo Mais recursos no turismo
Projeto de lei busca garantir ingresso de novas aéreas

Lideranças do setor pediram urgência, ontem, na aprovação no Senado para atualizar legislação

Da Redação
04/04/2019 | 07:30
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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), esteve à frente de comitiva de lideranças do setor em audiência com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), ontem, para pleitear a aprovação do Projeto de Lei 2.724/15. O texto moderniza a Lei Geral do Turismo e permite que empresas aéreas internacionais abram filiais no Brasil e passem a operar trechos domésticos.

“O Brasil vive novo momento e cabe ao Congresso Nacional dar respostas adequadas ao contexto atual. Entendo perfeitamente a importância do turismo e o impacto do setor em diversos segmentos”, comentou o presidente do Senado. Ele prometeu dar celeridade do projeto. “A reunião não poderia ter sido melhor. O presidente mostrou que entende que o nosso setor é imprescindível para gerar emprego e renda no Brasil”, avaliou o ministro do Turismo.

Estavam presentes na sessão Magda Nassar, presidente da Braztoa, entidade que representa agentes de viagem; Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, que representa os cruzeiros; Murilo Pascoal, presidente do Sindepat, que representa os parques temáticos; Alexandre Sampaio, presidente do conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio; Guilherme Paulus, fundador da CVC; Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis).

Com 208 milhões de habitantes, o Brasil tem, hoje, apenas seis empresas operando no mercado de aviação: Latam, Gol, Azul, Avianca (em processo de recuperação judicial), Sky Airline (chilena low-cost que ingressou no mercado brasileiro em novembro do ano passado) e Norwegian (norueguesa low-cost que fez voo inaugural em 31 de março). Argentina e Colômbia, com menos de um quarto do nosso número de habitantes e territórios que equivalem a um ou dois Estados brasileiros, têm o dobro de companhias aéreas. A abertura ao capital estrangeiro já foi testada com sucesso em outros setores estratégicos como energia elétrica, telecomunicações, portos, aeroportos e saneamento básico, de acordo com o Ministério do Turismo.

As mudanças na Lei Geral do Turismo, por sua vez, atendem demandas históricas do setor produtivo. Elas agregam tendências do mercado e desburocratizam procedimentos para atuação dos prestadores de serviços turísticos. Fomento à pesquisa e à produção científica, incentivo às parcerias público-privadas, atenção aos serviços prestados a pessoas com deficiência e incorporação de segmentos de hospedagem fazem parte do projeto.

O Projeto de Lei 2.724 foi aprovado por 329 votos contra 44 no último dia 20 na Câmara dos Deputados. A vitória foi comemorada pelo setor. Na ocasião, alguns chegaram a caracterizar o momento com o marco para uma nova era do turismo brasileiro. “A aprovação do projeto 2.724 inicia a fase de modernização e do futuro do turismo no Brasil. É de suma importância que nossos pleitos sejam reconhecidos e colocados como prioridade para que o setor mostre seu potencial e sua força”, destacou Magda Nassar.
 




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