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Russos têm 200 mil obras de arte alemas
Do Diário do Grande ABC
20/07/1999 | 18:24
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O butim de guerra que o Exército Vermelho conquistou na Alemanha no fim da Segunda Guerra, em 1945, cuja nacionalizaçao pelo Parlamento russo foi recusada terça-feira pelo Tribunal Constitucional da Rússia, é composto de livros, arquivos e mais de 200 mil obras de arte.

Desde 1991, a Alemanha negocia com Moscou para tentar recuperar essas obras de arte e os aproximadamente 2 milhoes de livros que compoem o butim - além do chamado Tesouro de Priam, desaparecido depois da Segunda Guerra.

O tesouro foi descoberto em 1873, em Hissarlik (Turquia) pelo arqueólogo alemao Heinrich Schliemann, num local em que - supoe-se - se encontrava, no passado, a cidade de Tróia. Até 1993, Moscou negou que estivessem em seu poder as jóias e peças de ourivesaria do tesouro. Mas a exposiçao de 260 delas no Museu Púschkin, em 1996, dissipou qualquer dúvida e provocou reaçoes formais na Alemanha.

Em 1995, outra exposiçao realizada no mesmo museu já havia escandalizado os alemaes: a das obras consideradas desaparecidas desde a queda do 3º Reich nazista, entre elas quadros de Cranach, Goya, Renoir, Manet, Degas e desenhos de Holbein, Mantegna, Rembrandt e Watteau.

O governo alemao se esforçou sempre em negociar a volta ao país dessas obras de arte, assim como a de livros únicos, como duas bíblias impressas por Gutenberg e desaparecidas em Leipzig, e a prestigiosa biblioteca de Gotha (a Alemanha recuperou uma parte desta última em 1991).




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