Primeiro foi Zonta. Foi ele quem bateu na traseira de Michael Schumacher (Ferrari) na primeira curva. O alemao líder do campeonato acabou rodando e abandonou a prova. Arrancou o capacete, foi andando até os boxes com cara de poucos amigos e saiu atirando. "Ele superestimou sua capacidade e subestimou a sua velocidade", disse Schumacher. O brasileiro discorda. "Foi um toque involuntário. Larguei bem e tentei ir por dentro, mas o Schumacher fechou a porta e fui obrigado a sair por fora. Como a pista estava suja, quando fui frear, o carro acabou escorregando e tocando na traseira da Ferrari dele", explicou.

Passadas algumas horas do fim da corrida, o alemao contemporizou. "Tenho certeza de que nao foi intencional. Eu já cometi muitos erros também e sei que ele vai admitir a sua falha. Zonta recebeu um stop&go, entao acho que a FIA também avaliou que ele foi o responsável pelo que aconteceu", disse Schumacher.

Para Pedro Paulo Diniz também sobrou chumbo grosso. Devido ao acidente entre Zonta e Schumacher, a maioria dos carros quase teve de parar. Diniz tentou frear mas nao conseguiu. Acabou rodando e batendo em Giancarlo Fisichella, da Benneton. "Foi ridículo o que ele fez", disse o piloto italiano. O chefao da Benetton, Flavio Briatore, foi além. "O Fisichella foi jogado para fora da pista numa inacreditável manobra de Diniz, algo inaceitável para qualquer piloto de Fórmula 1. E essa nao foi a primeira vez que o brasileiro faz esse tipo de coisa. "Nao foi algo digno de um profissional".

Diniz ficou irritado com as críticas, mas limitou-se a explicar o acidente. "Tive de brecar forte para nao bater numa Arrows".