Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Marinho é candidato único à presidência da CUT e assume papel a cada dia mais relevante no governo Lula. “O presidente deste conselho obrigatoriamente tem de ser da sociedade civil. Tudo isso vai me trazer muitas tarefas. Serão dois anos de muita intensidade, porque além disso, tenho de dar conta da minha faculdade”, afirmou Marinho, que cursa Direito.
Marinho encabeça a chapa da Articulação (corrente majoritária no governo federal e na CUT) para assumir a presidência da central sindical neste ano. No processo de sucessão, o atual presidente João Felício ficará com a secretaria-geral e João Vaccari Neto com a secretaria internacional.
O acordo colocou fim a uma disputa iminente dentro da central. Marinho afirma que a definição da chapa foi fechada estritamente entre sindicalistas. Ele refuta a idéia de que houve interferência do presidente Lula na escolha de seu nome. O sindicalista é também um dos 82 integrantes do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), órgão criado também para discutir com o governo as propostas que serão levadas a debate no Congresso e que se debruça neste momento em um parecer sobre a reforma da Previdência.
O sindicalista exerce ainda o papel de um dos principais articuladores do diálogo entre as lideranças da região e o governo federal. Na última quinta-feira ele trouxe ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC dois dos principais dirigentes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o vice-presidente Darc Antônio da Luz Costa e o diretor do banco para a área industrial, Maurício Borges Lemos.
Com a escolha de Marinho para a presidência da CUT, ele abrirá mão de concorrer à Prefeitura de São Bernardo em 2004, embora tenha ficado satisfeito com a performance como candidato a vice-governador junto com José Genoíno no ano passado. Dentro do novo quadro político, ele vai apoiar a candidatura do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT).
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