O rabino Dov Lior, em um comunicado religioso, disse que adiou o enterro da criança no cemitério judeu de Hebron. O rabino disse ainda que o adiamento se deve pelo fato de que os presentes poderiam ser atacados pelos atiradores que mataram o bebê.

Nesta terça, uma outra criança morreu; dessa vez um palestino. O garoto de 11 anos foi vítima de disparos de soldados israelenses perto de Hebron. Ataques— Colonos israelenses incendiaram, nesta terça-feira uma agência palestina em Hebron (Sul da Cisjordânia), em vingança pela morte do bebê. O ataque aconteceu depois que o exército israelense pediu que as pessoas não se vinguem.

As instalações do WAQF, o órgão encarregado de administrar os bens muçulmanos, situadas perto do local onde vivem 400 colonos no centro de Hebron, foram completamente destruídas pelo fogo, assim como uma cabana de madeira pertencente a um palestino.

Na noite de segunda-feira, os colonos já tinham cometido atos de vandalismo contra moradias e automóveis palestinos no bairro de Abu Sneiná, de onde foram feitos os disparos que mataram a criança. Nesse local, que se encontra sob controle total da Autoridade Palestina, os colonos foram expulsos por soldados, fazendo-os retornar ao setor onde vivem.

Em Hebron, cerca de 400 colonos judeus vivem encerrados sob a proteção do exército israelense, em meio a 100 mil palestinos.