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Justiça prorroga prisão de assassinos dos Richthofen
Do Diário OnLine
14/11/2002 | 17:35
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A Justiça de São Paulo autorizou nesta quinta-feira a prorrogação da prisão temporária dos acusados do assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen – a filha do casal, Suzane, 19 anos, seu namorado, Daniel Cravinhos, 21, e o irmão dele, Cristian, 26.

A decisão do juiz Alberto Anderson Filho, presidente da 1ª Vara do Júri, prorroga a prisão temporária dos acusados, que vence no domingo (17), por mais cinco dias, ou seja, até 22 de novembro.

Os três, presos na sexta-feira passada após confessarem o crime, estão sendo acusados de duplo homicídio qualificado e roubo. O inquérito deve estar concluído na próxima semana, quando a polícia deve pedir a prisão preventiva de Suzane, Daniel e Cristian.

Nesta quinta-feira, pela primeira vez desde quando foi presa, Suzane reclamou ter dificuldades para dormir em sua cela no 89º Distrito Policial, no Morumbi, zona Sul de São Paulo.

Segundo a delegada do DP, a jovem está muito abatida — atitude que contrasta com a dos últimos dias, quando ela jogava baralho com as companheiras de cela e assistia televisão sem mostrar arrependimento.

No entanto, o promotor Marcelo Milani disse que nesta quarta, durante a reconstituição do crime, Suzane não pareceu estar com remorso. Segundo ele, a jovem representa um papel na frente das câmeras, mas na verdade é "fria e calculista".

Perdão- Na tarde desta quinta, Suzane recebeu a visita de seu irmão, Andreas, 15 anos. Uma assessora de imprensa da Dersa, empresa onde Manfred trabalhava, divulgou uma nota assinada pelo jovem onde ele diz que perdoa sua irmã pelo crime e diz acreditar que os pais mortos também a perdoaram.

Ele entrou correndo na delegacia para fugir do assédio da imprensa. Andreas levou para a irmã um urso de pelúcia de estudante, um cobertor, frutas e refrigerantes.

Confira abaixo a íntegra da nota de Andreas:

“Perdoar é abrir o coração. Não só perdoei minha irmã Su, mas continuo a amá-la. Agora, principalmente, é o momento em que ela mais precisa do amor. Apesar da dor, tenho plena certeza de que nossos pais a perdoaram. Ainda ontem ouvi uma frase que muito me marcou: A humanidade deve caminhar unida em busca da civilização do amor”.




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