Cultura & Lazer Titulo
Conquista da estrela
Diogo de Oliveira
Da TV Press
19/09/2006 | 21:10
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Os dois últimos anos foram decisivos na carreira de Renata Dominguez. Até dezembro de 2003, a atriz ainda vivia sua primeira personagem na TV – a Solene, de Malhação. Uma mudança radical, no entanto, a fez despertar para o ofício. Logo no trabalho seguinte, ela largou a mocinha correta e romântica da novelinha juvenil da Globo para viver a fria e malvada Branca de A Escrava Isaura, na Record. Seu bom desempenho fez com que fosse escolhida, poucos meses depois, para interpretar Pati Lopo – a patricinha de Prova de Amor. Aos 26 anos e com quatro novelas no currículo, a atriz carioca vive sua primeira protagonista na TV, a destemida Cecília de Bicho do Mato, novela das 19h15 da Record. "Costumo dizer que Deus é meu empresário, pois os trabalhos vêm por encomenda", comemora.

Há um mês e meio no ar, Renata vive o momento mais feliz da carreira. Três meses depois que Renata deixou Malhação, sofreu síndrome do pânico. Só não imaginou que uma personagem poderia curá-la. Em meio a uma terapia, Renata viveu a vilã em A Escrava Isaura. "Ela era tão desequilibrada que me curou".

Na trama de Bicho do Mato, adaptada por Cristianne Fridman e Bosco Brasil, da novela homônima de Chico de Assis, sua personagem é uma estudante de medicina bela, charmosa, ousada e determinada, que não poupa energia quando vê uma causa justa. "Ela não é uma protagonista sofredora como a maioria", garante. Cecília só não é bem resolvida sentimentalmente, pois vive uma relação conturbada com seu ex-namorado Emílio, interpretado por Marcos Mion, e é apaixonada por Juba – o “Tarzan pantaneiro” vivido por André Bankoff.

O telespectador nem imagina, mas Renata e Mion improvisam muito nas cenas em que seus personagens estão juntos, criando idéias para a cena. "Só se o diretor gostar. Se ele disser 'enrolem', aí é com a gente mesmo!", diverte-se.

A atriz atribui isso à vivência de ambos como apresentadores (Mion comanda o Covernation na MTV). Renata apresentou, por sete anos, programas em três diferentes emissoras no Equador. Seu pai teve de se mudar para o país quando a atriz tinha 12 anos.

Fez cursos de dicção, canto, improvisação, além de espanhol. Por conta dos estudos, só estreou um ano após se mudar para a capital, Quito. "Cheguei para ser atriz tão fria, contida e mecânica, que achei que não gostaria de atuar. Mas os trabalhos foram acontecendo e me apaixonei",

Renata teve de trabalhar pesado para viver a mocinha de Bicho do Mato. Visitou emergências de hospitais e aprendeu procedimentos médicos básicos. Fez aulas de moto e equitação, pois a personagem é motoqueira e anda a cavalo – atividades que Renata nunca havia praticado antes. "Entrei em pânico! Não sabia andar de moto", confessa. Além disso, a atriz passou por uma transformação física. Como Pati era o que Renata chama de “modelo de mulher” – magra, loura e bronzeada –, a atriz precisou engordar três quilos, perder o bronze, colocar um megahair, ondular as madeixas e usar lentes de contato cor de mel. Tudo para deixar a personagem com mais ‘cara de mulher’. "Topo tudo pelo físico. Mas nada tem importância se as características de uma personagem forem iguais às de outra", pondera.

Cada personagem teve uma contribuição. A Solene deu popularidade à atriz. Branca, deu-lhe prestígio no meio artístico. Em Prova de Amor, o autor Tiago Santiago percebeu que a audiência crescia cada vez que a "riquinha" entrava em ação. "Pati atraiu mídia. Nunca fiz tanta capa de jornal e revista na vida", diz. Com juventude e talento aguçado a seu favor, Renata nem cogita parar. "Não quero prazo de validade. Farei 60 anos trabalhando".




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