O risco de um colapso global, admite o economista, sempre existe, mas ele afirma que há uma torcida em escala planetária para que a economia norte-americana "diminua os riscos de forma educada". Delfim afirma que o Brasil vai bem, isso porque se livrou no ano passado da "constrangedora política cambial que impedia o crescimento do país". Ao mesmo tempo, ele admite que por se tratar de um país em vias de desenvolvimento, o Brasil está em uma espécie de encruzilhada, uma vez que ainda depende, e muito, de capitais de curto prazo.
Apesar de estar em um contexto globalizado, Delfim apregoa que o Brasil tem a obrigaçao de pensar o seu destino e nao se entregar de forma ingênua ao pensamento de que as vantagens sao para todos. "Na globalizaçao, igualdade nao há." Trata-se de uma atitude ativa e nao meramente de passividade esta sugerida pelo ex-ministro da fazenda.
A abertura econômica, uma ágil política de comércio exterior, a liberdade ao câmbio e a atraçao de investimentos sao atributos que o país tem de manter a qualquer preço. E ele vai além ao dizer que o papel do país em um ambiente definitivamente globalizado é o que cabe a um "global player". "Logo, nao estamos destinados a ser uma mera colônia", afirmou ao lembrar a postura de boa parte dos condutores da política econômica nacional dos últimos tempos.
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