Política Titulo Velório do neto Arthur
Militantes e apoiadores se aglomeram no cemitério à espera de Lula
Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
02/03/2019 | 12:14
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Júnior Carvalho/DGABC


Centenas de militantes do PT de várias regiões do Estado e apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram ao velório do sexto neto do ex-presidente, Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos, e se aglomeraram na entrada e até dentro do Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo, na esperança de ver o petista e ouvi-lo discursar.

O cemitério e o entorno do local estavam sob forte esquema de segurança, com vários policiais militares, alguns munidos de fuzil, viaturas e agentes da Polícia Federal.

Lula está preso desde abril de 2018. Ele foi condenado em duas instâncias, a 12 anos de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

A entrada principal do cemitério estava fechada para o público, mas, por volta das 11h30, alguns apoiadores que aguardavam no portão foram autorizados a entrar. A presença na capela onde ocorria a cerimônia, no entanto, foi proibida. A imprensa também não foi autorizada a entrar. A equipe de reportagem do Diário conseguiu acessar as dependências do cemitério, onde simpatizantes anônimos se misturavam com lideranças do partido, como o ex-deputado federal José Genoino.

Dentro do cemitério, apoiadores cantavam o refrão de Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores, clássica canção de Geraldo Vandré marcada como protesto à ditadura militar. Também se manifestavam aos gritos de “Lula livre” e “queremos ver o Lula”. Por volta das 12h, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, fez breve pronunciamento e pediu compreensão e silêncio. “O presidente saiu (da prisão) com a condição de não falar nada e ter de ficar em local fechado”, disse, ao lado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

“Vim dar apoio, porque ele (Lula) tem que saber que a gente está com ele. É uma tristeza tão grande ele ter que passar por isso, sair da prisão só para vir ao velório do neto”, lamentou a pesquisadora Irene Oliveira, 55, militante do PT paulistano.




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