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Carnaval anima lojas de fantasia da região

Expectativa é a de que vendas superem em 50% as de 2018, quando Folia caiu em fevereiro

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
26/02/2019 | 07:17
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Na semana que antecede o Carnaval, as lojas de artigos para fantasia da região já sentem maior movimentação. O segmento está otimista e espera que as vendas superem em até 50% os números do ano passado. A expectativa é motivada pelo fato de a festa cair em março, ao contrário de 2018, que foi celebrada no início de fevereiro, além da melhora na confiança do consumidor.

Os lojistas comemoram quando a celebração acontece no terceiro mês porque os foliões conseguem investir mais nos adereços após as contas de início do ano, como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). “Além disso, no começo de fevereiro acaba casando com o início das aulas e os pais têm os gastos com material. Por isso, acreditamos que este ano será melhor”, disse a gerente da loja Max Festa, localizada no Centro de São Bernardo, Fernanda Sales.

Segundo ela, que espera incremento de 50% nas vendas, os blocos de rua também impulsionam as vendas. “Por conta disso, as pessoas procuram mais acessórios ao invés de fantasias completas. Temos opções desde a colares havaianos de R$ 1 até a kits, como os de coelhinho, por R$ 9,90.”

A proprietária da Encanto Fantasias, loja no Parque das Américas, em Mauá, Josefa Severo da Silva, também espera vender o dobro do que o ano passado. “Temos que ser otimistas, mas a procura está maior (do que em 2018). Muita gente pede acessório, como asas de anjo, mas as fantasias, que variam de R$ 80 a R$ 120, também estão com saída. Os artigos vão de R$ 5 a R$ 25 porque trabalhamos com preços mais acessíveis”, afirmou.

Deolisse Fortes Mori, dona da Rainha da Pelúcia, no Centro de Santo André, espera aumento de 30% nas vendas. “Quando o Carnaval é no começo de março, costuma ser melhor. A procura está acontecendo bastante nos acessórios, que temos em todas as faixas de preços (há colares que custam, em média, R$ 3), mas também tivemos aumento nas fantasias, principalmente nas que custam até R$ 100”, disse.

A dona de casa Mariane Alves, 36 anos, moradora da Vila Assunção, em Santo André, comprou artigos para toda a família, principalmente tiaras, gliter e máscaras. Ela gastou R$ 120 e levou ao menos nove objetos. “Eu e minha família vamos para uma chácara, então acabamos levando bastante coisa para fazer uma festinha.”

Ela, que não comprava nenhum adereço há pelo menos dois anos, afirmou que a data estar em março também a motivou. “No ano passado, eu estava gestante, mas tenho duas filhas em idade escolar, sem falar nas contas do começo do ano. Por isso, acho que é melhor quando o Carnaval acontece com um maior espaçamento de janeiro”, contou.

ASSOCIAÇÕES
Mais conservadoras, as associações comerciais esperam incremento nas vendas de até 15% nas lojas especializadas. O presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo), Valter Moura, afirmou que as vendas devem aumentar de 8% a 10% . “São três fatores: temos um novo governo, o Carnaval acontece em março e temos uma melhora na economia. Isso consequentemente se reflete na confiança do consumidor e no comércio de produtos carnavalescos”, disse.

“Hoje, o consumidor pesquisa bastante, principalmente pela internet e vai comprar já sabendo quanto custa. Como ele está munido de informação, consegue pechinchar”, afirmou o presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Pedro Cia Júnior, que espera de 10% a 15% a mais nas vendas.




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