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Diminui em 60% ozônio da estratosfera no Norte da Europa
Do Diário do Grande ABC
05/04/2000 | 15:04
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O ozônio da estratosfera sofreu uma perda recorde de 60% este inverno (Hemisfério Norte), no Norte da Europa, e a quantidade total de ozônio segue diminuindo, apesar da reduçao das emissoes químicas, revela um estudo científico de vários países.

Esta perda de ozônio a 18 km de altitude do Reino Unido, Bélgica, Holanda, Mar Báltico e Oceano Glacial Artico, devido a temperaturas muito baixas na estratosfera, foi medida por cientistas do Terceiro Experimento Europeu de Ozônio na Estratosfera (Theseo 2000), em Kiruna, na Suécia.

A iniciativa é patrocinada pela Uniao Européia e pela Nasa, a agência espacial americana, além dos governos do Canadá, Rússia e Japao.

Os estudos, feitos nesse inverno, levam a crer que o ozônio continuará diminuindo na regiao citada, apesar da reduçao de agentes químicos na estratosfera (resultado do protocolo de Montreal, de 1987). O motivo sao as mudanças climáticas, explicou nesta quarta-feira, em Bruxelas, o cientista do Theseo 2000 Andrea Dahmen.

Os pesquisadores também acham que a recuperaçao da camada de ozônio vai ser lenta. O ozônio diminui com o esfriamento da estratosfera, que pode ser provocado pela concentraçao de gases que provocam o efeito estufa na camada, pelas baixas concentraçoes do gás na estratosfera ou pelas mudanças na própria dinâmica da camada.

A concentraçao dos gases que causam o efeito estufa segue aumentando, uma vez que o período de vida desse gases é muito grande, explicou Dahmen. A indústria química e, principalmente, o tráfego aéreo, contribuem para as mudanças climáticas, produzidas pelas emissoes de dióxido de carbono (CO2).

Dahmen, que explicou que seria muito mais caro produzir ozônio do que reduzir a emissao de gases, nao acredita em uma destruiçao total da camada de ozônio, que já foi reduzida em 15%, mas acha que serao necessários 50 ou 60 anos para recuperar o que foi perdido. Esse projeto, que será apresentado em breve na Conferência Intergovernamental de Câmbio Climático, pretende ``fornecer aos dirigentes uma ampla base para julgar os efeitos da diminuiçao do ozônio no meio ambiente e na saúde dos cidadaos', segundo a Comissao Européia, que contribuiu com US$ 15 milhoes, para os próximos 10 anos. Na última década, o número de casos de câncer de pele aumentou 8% na Europa.




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