Cinema de boa qualidade – e a preço popular – em São Bernardo, peça escrita por Zíbia Gasparetto, no Victória Hall, em São Caetano, espetáculo no Teatro Municipal de Mauá baseado na história da dança e mostra na Biblioteca Cecília Meireles (também em Mauá) com reproduções de desenhos assinados pelo pintor Candido Portinari. Essas são as poucas, mas interessantes, atrações culturais deste domingo no Grande ABC. Dois espaços importantes da região ficam em dívida: o Sesc São Caetano, que não abre aos domingos, e o Teatro Municipal de Santo André, que não programou nada para o dia.

Dando continuidade à Mostra da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, realizada em São Bernardo, será exibido às 20h de domingo (ao preço simbólico de R$ 2) o filme Gotas d’Água em Pedras Escaldantes (França/Japão, 1999), no Teatro Lauro Gomes.

O filme, dirigido pelo francês François Ozon, é baseado em peça escrita pelo alemão Rainer Werner Fassbinder, que nunca chegou a encená-la ou adaptá-la para o cinema. Ambientada nos anos 70, na Alemanha, a história trata do jovem e ingênuo Franz, 19 anos, que conhece Leopold, um empresário mais velho com o qual passa a viver. Esse é o ponto de partida para uma relação de poder e dominação.

No Victória Hall, com ingressos a R$ 20, a opção é a peça O Amor Venceu – texto assinado por Zíbia Gasparetto. Encenada por 13 atores, trata de uma história de amor e ódio ambientada no Egito Antigo.

No recém-inaugurado Teatro Municipal de Mauá, a atração é o espetáculo História em Movimento, da Cia. de Dança Experimental, de Mauá. A entrada é franca, mas os ingressos devem ser retirados uma hora antes do início da apresentação, marcado para as 20h.

História em Movimento aborda a história da dança ao longo do tempo: da dança do ventre até a capoeira e o break, por exemplo. Outro evento aberto neste domingo em Mauá, também gratuito, é a mostra Dom Quixote: Cervantes, Portinari, Drummond, em cartaz na Biblioteca Cecília Meireles.

O texto clássico que trata do personagem Dom Quixote, escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes, motivou o pintor paulista Candido Portinari na criação da série Dom Quixote, em 1956, sob encomenda da Editora José Olympio. Composta por 22 desenhos a lápis de cor sobre cartão, a série de Portinari tem 19 reproduções em exibição.

Elas são acompanhadas por poemas do mineiro Carlos Drummond de Andrade e textos sobre a obra de Cervantes, elaborados pela equipe da biblioteca, que complementam a exposição. A base para a mostra é o livro Dom Quixote: Cervantes, Portinari, Drummond, relançado em 1998 com patrocínio da Petrobras e que traz os desenhos de Portinari e os poemas de Drummond. A biblioteca possui um exemplar deste livro.