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Jovem talento de S.Caetano vence Michelin Challenge Design
Paulo Bittencourt
Da Hp Press
04/08/2005 | 18:56
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O designer de automóveis Carlos Carvalho, de São Caetano, foi "descoberto" pelo Jornal Veículos há dois anos, ocasião em que mostramos alguns de seus desenhos que haviam vencido um concurso de uma publicação norte-americana. Desde então, não parou mais de fazer sucesso. Ano passado se inscreveu no Michelin Challenge Design e teve seu projeto Nehro escolhido para ser apresentado no Salão de Detroit. Pois ele acaba de anunciar que foi novamente um dos vencedores para mostrar seus trabalhos na próxima edição do salão que acontece sempre no começo do ano.

O projeto ainda não tem nome definido, mas as explicações são bem lógicas e convincentes. Segundo Carlos, o desafio lançado pelos organizadores para esse ano era o de criar um modelo para o mercado californiano. "Então imaginei que teria que ser "fashion", diferente e elegante. E como a maioria das pessoas logo pensa em praia, então decidi pelo conversível".

O projeto traz muitas inovações tecnológicas e para criá-las (ou imaginá-las) o artista colocou as idéias para viajar. Segundo Carlos, um dos destaques do projeto está no sistema de pneus. "Chegar aos 100 km/h em menos de 3,0 segundos não é um desafio baseado apenas na potência do motor. É algo difícil de se conseguir usando pneus normais (sem ser slick)", explica. "Então, comecei a pensar como seria um carro para andar normalmente na rua, mas que ao mesmo tempo tivesse o desempenho dinâmico de um carro com pneu com mais grip, como se fosse um pneu slick".

Para chegar a essa conclusão mostrada no desenho, Carlos foi evoluindo a idéia de um pneu que funciona sem ar, por coincidência mostrado no salão de Detroit desse ano. "A partir daí criei esse novo pneu, cuja aparência lembra muito uma esteira. Ele funciona com duas rodas, uma normal e outra menor". Em alta velocidade, em que o grip "segura" o carro, o ângulo de trabalho das rodas seria alto, entrando em contato com o solo apenas no que um pneu normal faria.

Mas assim que a pessoa pisa no freio o ângulo baixa, fazendo que uma grande parte do pneu entre em contato com o solo, gerando mais aderência. Esse ângulo, explica Carlos, seria controlado eletrônica/hidraulicamente e atuaria também quando o carro iniciasse uma curva. Essa imaginação, além do desenho do esportivo conversível, foi o que impressionou os juizes.




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