O segmento de sedãs pequenos, voltados para famílias não muito numerosas, que precisam de mais espaço no porta-malas, ganhou reforço há dois meses. A Renault substituiu o Clio Sedan pelo Symbol, fabricado na planta de Santa Isabel, em Córdoba, na Argentina.

O argentino vem para abocanhar fatia do crescente mercado de três-volumes compactos, oferecendo custo-benefício bem atraente.

Colocamos o Symbol diante do segundo colocado no ranking de vendas do segmento: o Fiat Siena, que totalizou 36.838 unidades emplacadas nos cinco primeiros meses do ano. Ambos foram avaliados nas versões topo de linha. O novato na Privilège 1.6 16V Hi-Flex, com preço de R$ 44.490 e o veterano na HLX 1.8 Flex, que custa R$ 42.990.

Ao serem observados do lado de fora, o Siena é o que se destaca mais por suas linhas harmoniosas e que denotam elegância. O Symbol tem design mais simples, que não chega a chamar atenção na rua. Também não é feio e certamente agrada mais pessoalmente do que por foto.

Do lado de dentro, o Renault fica mais interessante, a começar pelo espaço interno, já que seu entre-eixos é 10 centímetros maior que o do concorrente, oferecendo mais comodidade aos passageiros do banco traseiro. Ambos têm porta-malas generosos, sendo que o Symbol leva 6 litros a mais.

Os dois agradam no desempenho, sendo ágeis no trânsito urbano, com boa dirigibilidade e estabilidade. A suspensão do Symbol é bem ajustada, oferecendo conforto sem ser mole. A do Fiat é mais macia.

Mas é nos equipamentos de série que o Symbol decide o comparativo a seu favor. A conta é simples: por R$ 44.490, já vem com air bag duplo de série, item opcional no Siena. Os dois modelos, equipados com esse dispositivo de segurança e ainda freios ABS, custam exatamente o mesmo: R$ 45.990. No entanto, o Renault ainda sai de fábrica com rádio/CD player com MP3 e comandos na coluna de direção, retrovisores elétricos, rodas de liga leve de 15 polegadas e comandos elétricos dos vidros traseiros, todos opcionais no rival.