Ainda falta uma semana, mas para as grandes redes do varejo a Páscoa já chegou. Apesar de a maioria nao divulgar números de volume de vendas ou faturamento, as empresas afirmam que houve um aquecimento no consumo, que projeta um desempenho até 10% superior ao obtido em 1998 na comercializaçao dos ovos de chocolate.  A Lojas Americanas, com duas unidades na regiao - ambas em Sao Bernardo -, registra até agora vendas do ovos de Páscoa 10% superiores às do ano passado. "Estimamos vender os 14 milhoes de ovos adquiridos pela rede", afirmou a gerente regional, Janete Murari.  

A Coop (ex-Cooperhodia) também registra um aumento da procura. Segundo o gerente de compras, Valdomiro Sanches, 40% do total em estoque, de 250 mil ovos de Páscoa, já foi comercializado. Ele também avalia que serao atingidas as expectativas, de crescimento de 3% em relaçao a 1998.   Já o grupo Pao de Açúcar acredita em crescimento de volume de 8% nas vendas. O grupo Carrefour também tem expectativa otimista para a data, este ano, e comprou 20% a mais de ovos de Páscoa em relaçao ao ano passado, ou seja, 6 milhoes de ovos. 

Preços - Em pesquisa realizada pela reportagem do Diário, pode-se perceber pequenas diferenças de preços entre uma rede e outra. Por exemplo, um ovo Nescau de 240 gramas, da Nestlé, que na Coop sai por R$ 5,81; no Wal-Mart, R$ 5,94; no Carrefour, R$ 5,99; no Pao de Açúcar, R$ 5,89, e na Lojas Americanas, R$ 5,32. Mas existem promoçoes de produtos de marcas e tamanhos diferentes em todas as redes.  Outro produto relacionado à época tem variaçoes expressivas. O bacalhau Porto tem variaçao de preços que vai de R$ 18,90 o quilo (Pao de Açúcar e Carrefour) e R$ 19,40 (Coop) a R$ 28,90 (Wal-Mart).  

Apesar de ainda registrar alguma procura, o bacalhau está em baixa entre os consumidores. "Está muito caro", reclamou a dona de casa Neusa Caralli, 53 anos, moradora de Santo André. "Sempre compro, mas desta vez comprei bem menos, só para nao perder a tradiçao", disse.  Segundo o gerente da Coop, a expectativa é de vendas 30% inferiores em relaçao a 1998, devido à alta de preços, com a desvalorizaçao do real.