Política Titulo Derrotado em prévia
Lalau ameaça união entre PSDB e PMDB em Mauá
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
14/04/2012 | 07:32
Compartilhar notícia


Derrotado na prévia tucana à Prefeitura de Mauá, realizada no dia 31, Roberto Ferreira dos Santos, o Lalau, ameaça a aliança entre PSDB e PMDB para a eleição de outubro. O professor afirma que, caso o vencedor da disputa interna, o vereador Edimar da Reciclagem, abdique de encabeçar chapa, pleiteará a condição de candidato tucano a prefeito.

"Política se faz com a cabeça. A aliança é um caminho errado, que tem causado constrangimento no partido. Então, se o Edimar não for candidato a prefeito, serei eu", vislumbra. Lalau diz se amparar no estatuto do PSDB. O documento prega que definições sobre alianças e candidaturas sejam anunciadas na convenção partidária, prevista para junho.

O posicionamento do tucano se dá após tomar conhecimento, pelo Diário, de que a deputada estadual e pré-candidata a prefeita pelo PMDB, Vanessa Damo, trabalha para atrair o PSDB para seu arco de apoiadores. Na estratégia a peemedebista oferece a vaga de vice em sua chapa a um tucano, o que lhe garantiria o apoio maciço do governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante os meses de campanha.

Mas a revelação de que o nome preferido da parlamentar para a composição é o do empresário José Roberto Lourencini, feita na quarta-feira, desagradou a direção e a militância do PSDB. Isso porque, embora filiado no tucanato desde a fundação da legenda, em 1988, o supermercadista é figura ausente no diretório - Edimar também é cotado ao posto.

"O Lourencini nunca participou de absolutamente nada. É desconhecido no partido", constata Lalau. "Se a maioria o referendar (como vice de Vanessa), tudo bem, mas acho isso impossível." O empresário, por sua vez, evita entrar em polêmica, mas reconhece o afastamento do PSDB. "Não conheço o Edimar pessoalmente."

 

COM EDIMAR, TUDO BEM

Ex-assessor de Edimar da Reciclagem, Lalau teria protocolado o pedido de prévia apenas para conferir maior poderio e legitimidade à pré-candidatura do vereador ao Paço. Na disputa interna, obteve 45 votos (11,7%), contra 333 (86,9%) do ex-chefe.

Reforça a possibilidade o fato de o professor considerar acatar a aliança com o PMDB desde que o vice seja Edimar. A composição, aliás, é vista com entusiasmo pelo tucano. "Iria para o segundo turno com grandes chances de vitória", projeta.

O vereador, por outro lado, segue com o discurso de que a sua pré-candidatura a prefeito é irreversível. "Não sei qual é o grau de esperteza deles (PMDB) para pensar em outro nome", conclui Lalau.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;