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Unidos pela honra

Desafios de grupo juvenil marcam jornada de ‘O Menino Que Queria Ser Rei’, com estreia na quinta-feira

Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
27/01/2019 | 07:00
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Divulgação


Descobrir que seu destino está ligado a um dos contos mais conhecidos de todos os tempos não deve ser nada fácil. Aflito por lidar com dificuldades na nova etapa no colégio, Alex (Louis Ashbourne Serkis) espera que algo aconteça para que as coisas mudem. Ele só não contava que, ao encontrar espada mágica, acabaria no meio de batalha contra cavaleiros em chamas e milenar bruxa pronta para deixar as profundezas atrás do controle da humanidade.

O público infantojuvenil está convidado a acompanhar essa aventura nos cinemas com o filme O Menino Que Queria Ser Rei, que ganhará espaço na programação dos cinemas da região a partir de quinta-feira. Com estilo que lembra atrações divertidas que costumam passar em sessões no meio da tarde na televisão, o longa-metragem revela como grupo de crianças consegue reunir forças diante de inimigos sobrenaturais graças a ensinamentos do passado prontos para ajudá-los no presente e no futuro.

Alex percebe que a mudança para etapa superior no ensino fundamental pode ser mais difícil do que imaginava, com ele e o amigo Bedders (Dean Chaumoo) sofrendo bullying constante de dupla mais velha formada por Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris). Em um dos confrontos, menino cai em terreno de construção abandonado e consegue tirar de pedra estranha espada. O item é a peça principal da revelação de que, na verdade, o protagonista seria a nova representação na terra do lendário Rei Arthur, destinado a reunir o povo atrás de justiça e prosperidade.
Claro que tudo soa muito estranho para o menino, sem entender os motivos pelos quais uma criança de 12 anos precisa ter a responsabilidade de salvar seu país da destruição diante da revolta da feiticeira Morgana, meia-irmã do antigo monarca britânico. Ele conta com a ajuda do mago Merlin – em versão jovem e adulta – para entender seu destino e as formas de combater a inimiga, incluindo trazer desafetos para seu lado.

O Menino Que Queria Ser Rei é mais um exemplo de representação da ‘jornada do herói’, com elementos que levam o personagem principal a deixar sua vida comum, se envolver em algo maior e tomar o caminho de volta após a conclusão do problema. A mensagem deixada pelo filme é sobre manter a palavra diante do chamado código do cavaleiro, pregando confiança e respeito entre as pessoas. A honra pode trazer grandes transformações.

Lenda sobre Rei Arthur é milenar

Não faltam versões de livros, filmes e desenhos que retratam a lenda de Rei Arthur e os cavaleiros da távola (mesa) redonda. Todas são baseadas em famosa lenda britânica que nasceu a partir da junção de diversos textos de diferentes escritores, mas que tem a figura do monarca como centro das atenções, seja ele somente um homem ou reunindo característica de várias figuras.

Ele teria vivido no século 5 e comandado o império da Grã-Bretanha (nome dado à grande ilha que divide, atualmente, espaço entre os países da Inglaterra, País de Gales e Escócia) em batalhas contra tribos anglo-saxônicas invasoras.

As vitórias, preocupação com a paz no reino e a busca por prosperidade fizeram com que ele se tornasse símbolo de um bom líder ao longo da Idade Média.

Apesar da primeira menção literária do rei ter ocorrido por volta do ano de 830 d.C. (depois de Cristo, levando em conta o calendário cristão), sua popularidade aumentou muito graças ao sucesso do livro The History of The Kings of Britain (A História dos Reis da Grã-Bretanha, em português), no século 11. O conto revelava detalhes da vida de Arthur, como nascimento, morte e a relação com figuras como a companheira Guinevere e o amigo e mago Merlin.

São essas informações que serviram de base para centenas de publicações que viriam depois ao longo do tempo.
Não existe qualquer vestígio histórico oficial de que o monarca tenha realmente existido no mundo real, assim como o famoso castelo de Camelot e a espada Excalibur. É exemplo de como uma lenda pode ser forte o bastante para sobreviver a milhares de anos. 

A távola redonda tem esse nome por ter sido mesa para que todos os integrantes do grupo, incluindo o Rei Arthur, estivessem em nível de igualdade quando reunidos;

Escavações em regiões citadas nas histórias ainda são realizadas atrás de informações que possam comprovar a existência de fatos ligados ao personagem.

Versões estão espalhadas pelas telas

A ESPADA ERA A LEI (1963). Uma das versões mais conhecidas por diferentes gerações, o longa-metragem animado é cheio de magia, comédia e aventura para contar a história do jovem Arthur

AVALON HIGH (2010). O filme, produzido pelo Disney Channel, mostra como a adolescente Allie descobre que os colegas do novo colégio são reencarnações de integrantes da Távola Redonda

TRANSFORMERS: O ÚLTIMO CAVALEIRO (2017). A saga dos robôs conta com capítulo que mostra que os alienígenas estiveram na Terra há muito tempo, inclusive em contato com Merlim




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