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Setor químico propõe 6% de reajuste salarial
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
31/10/2009 | 07:14
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As negociações entre os trabalhadores químicos e o setor patronal teve fim ontem. Depois de dois encontros, empresários do setor apresentaram a contra proposta para a campanha salarial 2009 em assembleia realizada em São Paulo.

O reajuste salarial proposto pelos representantes patronais Ceag-10 (Comissão de Estudos e Assessoria do Grupo 10 da Fiesp) foi de 6% para salários até R$ 5.801,77 - acima desse valor, um fixo de R$ 348,71 (o que equivale a aumento real de 1,8% diante das estimativas de inflação do período); o piso salarial foi para R$ 815, um reajuste de 7,38%.

Quanto a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) a base patronal propôs uma margem mínima de R$ 600, o que corresponde a um acréscimo de 9,10%.

Em contrapartida, a categoria reivindica reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real de 5,94%); piso de R$ 900 e PLR no valor de dois salários normativos (piso). A data base é 1º de novembro.

Para o presidente do Sindicato dos Químicos do Grande ABC Paulo Lage, a proposta feita pela classe patronal não é de se ‘jogar fora'. "Diferente dos anos anteriores, os trabalhadores foram levados mais a sério. Isso é fruto das manifestações que estamos fazendo desde o início de setembro e da força que a categoria mostrou ter".

Os atos foram focalizados no Polo Petroquímico de Capuava e em empresas como a Quattor Participações (em Santo André) e Akzo Nobel (em Mauá).

Lage reforça que outros itens de extrema importância para os trabalhadores não foram negociados com os empresários. "Exemplos disso é a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário e o processo de qualificação profissional para pessoas com deficiência."

Com base no que foi oferecido pelo setor patronal, o próximo passo é levar as propostas feitas aos trabalhadores por meio de assembleias ao longo da próxima semana, nas sedes de todos os sindicatos da base da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São Paulo) a fim de que a categoria decida se assina ou não a Convenção Coletiva 2009.

Na região, a assembleia será realizada na sexta-feira, 6 de novembro, a partir das 18h30, no auditório do Sindicato dos Químicos do ABC - Avenida Lino Jardim, 401, Vila Bastos, em Santo André.

"Não dá para falar que os trabalhadores vão decidir por greve ou pelo acordo. A classe vai analisar o que foi sugerido e votar", reforçou o presidente do sindicato na região.




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