Política Titulo Editorial
Imprudência fatal
Do Diário do Grande ABC
17/01/2019 | 12:01
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Nas rodovias que cortam o Grande ABC, 100 pessoas perderam a vida em 2018. É como se, em média, dois indivíduos morressem a cada semana. O número é 12,36% maior que os óbitos ocorridos no ano anterior nas mesmas autoestradas, porém, com uma quantidade menor de acidentes (4.997 contra 5.122).

Várias são as ocorrências que resultam em fatalidade. Vão desde falha mecânica ou humana, desrespeito às leis de trânsito – como excesso de velocidade, ultrapassagens em locais proibidos, trafegar pelo acostamento ou dirigir sob efeito de álcool ou outras sustâncias – até a utilização do aparelho celular enquanto se conduz o veículo.

A imprudência termina em tragédias. Entretanto, não são os motoristas os únicos responsáveis. Cabe ao pedestre também utilizar o bom-senso. Sendo ele a parte mais frágil dessa equação, deve precaver-se para que não venha a pagar com a própria vida. Dado fornecido pela Ecovias, empresa que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, revela que 46% das 88 vítimas fatais foram atropeladas a menos de 500 metros de uma das passarelas existentes ao longo das rodovias. Outros 36% foram motociclistas que, como não é difícil perceber, abusam da sorte ao circular em alta velocidade por entre os carros, muitas vezes desafiando as leis da física ou mesmo a razão.

Na Índio Tibiriçá, que por muito tempo carregou a trágica alcunha de ‘estrada da morte’, as colisões lideram o triste ranking de vidas ceifadas pelo trânsito, assim como no Rodoanel Mário Covas.

Especialistas e as concessionárias que cuidam das vias apontam as campanhas educativas como a melhor fórmula para minimizar tal problema. Tanto que a quantia de acidentes baixou de um ano para outro.

Entretanto, é mais que necessário que motoristas, pedestres, motociclistas e ciclistas estejam dispostos a aprender e que, a partir daí, mudem seus hábitos. Somente assim as estradas serão realmente mais seguras e, muita vidas, poupadas. 




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