A história do carro mais popular do Brasil, o Fusca, teve início em 3 de janeiro de 1959, quando as primeiras unidades do então Volkswagen Sedan começaram a ser fabricadas em São Bernardo. Daí para frente o veículo ganhou o coração dos brasileiros. No País, foram produzidos 3,3 milhões de Fuscas. O modelo teve a fabricação encerrada em 1986, mas voltou em 1993, a pedido do então presidente da República Itamar Franco, se despedindo definitivamente em 1996.
Características como robustês, facilidade de manutenção e baixo preço contribuíram para o sucesso do Fusca. Tanto que, quase 23 anos após o encerramento da produção, ainda existem 887.234 exemplares rodando pelo Estado de São Paulo. Somente no Grande ABC, há 55.661 Fuscas distribuídos pelas sete cidades (confira na arte ao lado), segundo o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo).
“Ele fez o Brasil sobre rodas. Em uma época em que não havia boas estradas, o Fusca se sobressaía por ter uma manutenção simples e um motor a ar, que não fervia. Foi para o Brasil o que representa o Ford modelo T para os Estados Unidos”, detalha Ervin Moretti, presidente do Fusca Clube do Brasil.
Apaixonado pelo carro, Moretti destaca outras qualidades do Fusca. “É o único veículo que aceita os gostos do dono. O proprietário pode fazer a mudança que quiser, dar mais potência ao motor, mudar a aparência, que ele continua sendo um Fusca”, afirma.
Em sua trajetória vitoriosa, o Fusca assumiu vários papéis no Brasil. Foi usado como táxi (sem o banco dianteiro direito para dar mais espaço), viatura de polícia (apelidada de baratinha) e carro de autoescola, entre outras funções.
Muitos desses exemplares estão muito bem conservados e receberam a placa preta, conferida aos que mantêm alto grau de originalidade. No Estado são 6.927. Na região, 443. Muitos deles estarão em São Bernardo para comemorar o Dia Nacional do Fusca, em 20 de janeiro. Ano passado, evento reuniu 1.500 carros.