A Associaçao Nacional de Transportadores anunciou que participarao da greve cerca de 500 mil veículos de carga e de passageiros, incluindo táxis, em protesto contra o aumento de 41,8% dos preços da gasolina nos primeiros 10 meses do ano. Também protestarao contra a elevaçao do preço dos pedágios que, segundo dizem, transformou a indústria do transporte em um negócio sem rentabilidade.

``Mais um aumento é quebrar a indústria do transporte na Colômbia', disse Gonzalo Corredor, vice-presidente da Associaçao de Transportadores, ao final de uma reuniao com o ministro do Transporte, Gustavo Canal, na qual nao houve acordo para evitar novos aumentos do preço da gasolina.

Em 1º de dezembro, deve entrar em vigor novo reajuste, que reflete os aumentos de preços do petróleo no mercado mundial este mês. As greves no setor do transporte costumam ser mais efetivas que as realizadas pelas centrais operárias porque 85% dos colombianos usam o transporte rodoviário. Só Medellín, a segunda cidade do país, tem metrô.

Aproveitando a greve do transporte, alguns sindicatos de funcionários públicos anunciaram que também vao parar quinta-feira, assim como os empregados de dois bancos que estao em conflito trabalhista.

A Polícia Nacional anunciou um plano de emergência para evitar que os promotores da greve bloqueiem as estradas e as ruas de Bogotá e outras cidades.

Por outro lado, o governo nao conseguiu chegar a um acordo com cerca de 40 mil camponeses e índios que mantêm bloqueadas as estradas do sudoeste da Colômbia exigindo investimentos sociais no total de uns US$ 150 milhoes. O governo ofereceu, no máximo, US$ 57 milhoes.