Quatro civis americanos que prestavam serviços para a coalizão liderada pelos Estados Unidos foram atacados, incendiados e mutilados no Iraque, nesta quarta-feira, numa emboscada montada por moradores da região de Fallujah, a oeste de Bagdá. Em outra investida contra alvos americanos, cinco soldados morreram quando o veículo em que estavam explodiu ao passar sobre uma bomba na província de Al Anbar, também a oeste de Bagdá.

No ataque mais sangrento desta quarta-feira, os quatro civis cruzavam o centro de Fallujah em dois carros quando foram interceptados e mortos a tiros por um grupo de homens armados. Antes de fugir, esses mesmos homens incendiaram as vítimas.

Em seguida, dezenas de iraquianos correram para o local, tiraram os corpos dos americanos dos carros e começaram a mutilá-los com pás, aos gritos de "viva o Islã". Dois dos civis mortos foram amarrados em cordas e arrastados pelas ruas. Outros dois corpos, um deles sem cabeça, foram pendurados em uma ponte a apedrejados. Até mesmo crianças eram vistas participando do massacre.

"Fallujah será o cemitério dos americanos!", gritava um homem, ocultando seu rosto com um lenço. "Estamos dispostos a matar todos. Estamos esperando. Quando vierem buscar os corpos e os veículos, os cortaremos em pedaços. Que venham se forem homens!", disse outro iraquiano, desafiando os soldados americanos.

Por meio de nota, o governo dos Estados Unidos disse estar "abalado pelos horríveis ataques e a inútil perda de vidas vistos hoje no Iraque". "São ataques desprezíveis cometidos por gente que quer impedir que a democracia progrida", acrescentou o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan.

Mais mortes - Na província de Al Anbar, cinco soldados americanos morreram vítimas da explosão de uma bomba deixada na estrada por onde passavam. Foi o ataque mais violento contra as tropas da coalizão desde o dia 8 de janeiro, quando um helicóptero do exército dos EUA foi abatido nas proximidades de Fallujah, matando nove ocupantes.