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Sarajevo abrigará cúpula sobre Balcas
Do Diário do Grande ABC
21/06/1999 | 14:11
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A cúpula dos países que participam do Pacto de Estabilidade dos Balcas se realizará em julho em Sarajevo, anunciou nesta segunda-feira em Bonn o chanceler alemao Gerhard Schroeder no final de um encontro Uniao Européia-Estados Unidos.

A cúpula será presidida pelo presidente finlandês Martti Ahtisaari, emissário da Uniao Européia (UE) para Kosovo, disse Schroeder durante uma coletiva conjunta com o presidente americano Bill Clinton.

A UE desempenhará um papel líder na reconstruçao dos Balcas, afirmou por sua vez o presidente atual da comissao européia, o luxemburguês Jacques Santer.

O chanceler declarou que se tratava de enviar à regiao um ``sinal visível' da vontade ``de nao somente falar de ajuda mas de aportá-la efetivamente'.

Clinton se negou a precisar o montante total da ajuda que condeceria os Estados Unidos para o desenvolvimento econômico e político da regiao, alegando que sao os técnicos que devem fazer esse cálculo.

No entanto, segundo autoridades americanas, Estados Unidos pretendem se comprometer até em 15%, como faz nas operaçoes de paz em Kosovo, levando em conta que financiou o essencial dos ataques aéreos contra Iugoslávia. O Congresso deve aprovar este financiamento.

``A reconstruçao será muito mais cara do que pensa a maioria, mas muito menos do que o prosseguimento da guerra', frisou Clinton.

O Pacto de Estabilidade dos Balcas pretende criar as condiçoes para uma paz duradoura mediante a democratizaçao e a cooperaçao econômica. Propoe aos países do sudeste da Europa uma ajuda financeira em troca de um compromisso de democratizaçao, nao-agressao e respeito aos Direitos Humanos.

Este Pacto foi firmado a 10 de junho em Colônia (Alemanha) pelos países da UE, pelos países nao-europeus do G-8 (Estados Unidos, Rússia, Japao e Canadá), assim como pelos da regiao (Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Macedônia, Hungria, Romênia, Eslovênia e Turquia), com exceçao da Iugoslávia (RFI, Sérvia e Montenegro).

Também recebeu a adesao de numerosas entidades internacionais, entre elas o FMI e o Banco Mundial. Tanto Clinton como Schroeder reiteraram que a Sérvia nao receberá nenhuma ajuda, salvo a humanitária, enquanto o presidente iugoslavo Slobodan Milosevic permanecer no poder.

``Ajuda humanitária, sim, mas uma verdadeira contribuiçao à reconstruçao só é possível com uma Iugoslávia democrática', disse o chanceler alemao.




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