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Preço é a arma da nova Palio Weekend
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
17/04/2001 | 17:02
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Misture um design renovado, assinado pelo renomado estilista italiano Giorgetto Giugiaro, e acrescente uma boa dose de relação custo-benefício: aí está a receita da Palio Weekend para tornar-se ainda mais competitiva no segmento de stations wagons compactas. Desde a sua reestilização, ocorrida no final de 2000, a perua popular da Fiat deixou para trás a principal concorrente, a VW Parati, que liderou o segmento nos últimos anos.

Senão, vejamos: se em 1999 e 2000 a Parati derrotou a Weekend “por pontos”, nos três primeiros meses de 2001 a perua da Fiat virou o jogo, somando 8.056 unidades vendidas no varejo, ante 6.733 unidades da concorrente da VW.

O sucesso da Palio Weekend pode ser explicado, inicialmente, pelo preço. A versão ELX equipada com o propulsor 1.0 16V custa R$ 21.660 e traz como itens de série direção hidráulica, travas elétricas das portas e vidros dianteiros elétricos, entre outros. Só para se ter uma idéia, a Parati 1.0 16V não possui nenhum desses equipamentos, mas custa R$ 23.774 – cerca de R$ 2 mil a mais. Completa, com sistema ABS (antitravamento), ar-condicionado e air bag duplo, entre outros opcionais, o preço da Palio Weekend ELX 1.0 16V sobe para R$ 30.090.

Assim como ocorreu com o Siena, que também foi beneficiado pela reestilização promovida no compacto Palio, a Weekend mudou – e para melhor. O novo design da dianteira, ressaltado pelos conjuntos óticos em policarbonato e pela nova grade frontal, ressente-se de originalidade, mas deu à Palio Weekend um certo ar de robustez que fez bem à perua. Além disso, a traseira, dotada de faróis transparentes mas sem rebuscamentos, deixou para trás os vincos horizontais que não faziam sentido na geração anterior da station.

Do ponto de vista da motorização, a Palio Weekend também evoluiu, mas ainda não é capaz de se diferenciar significativamente da concorrência. Equipada com o propulsor Fire 1.0 16V, a perua avaliada pelo Diário nas ruas do Grande ABC e também no complexo Anchieta/Imigrantes apresentou as mesmas virtudes e defeitos dos populares multiválvulas: se, na estrada, a station oferece um desempenho satisfatório, no trânsito urbano carece de maior agilidade.

De fato, o propulsor 1.0 16V que equipa a versão ELX traz algumas novidades, como o coletor de admissão em plástico – que resulta em um enchimento mais uniforme da câmara de combustão – e a tecnologia drive by wire, que substitui o cabo do acelerador por um sistema eletrônico. Contudo, na prática o desempenho é tímido: o torque máximo (9,6 kgfm) é atingido apenas a 4 mil rpm, o que exige uma boa dose de paciência para enfrentar aclives acentuados.

Por outro lado, o motor 1.0 16V caracteriza-se pelo excelente consumo. Segundo a Fiat, a perua faz 13 km/l na cidade e 17,4 km/l na estrada – números, diga-se de passagem, melhores que os verificados durante a avaliação do Diário, quando a Palio Weekend ELX 1.0 16V registrou algo em torno de 11 km/l.

No interior, a perua compacta da Fiat caracteriza-se pelo painel de instrumentos em tons suaves, equipado com conta-giros e hodômetro parcial em display de cristal líquido. O console central, assim como o dos demais veículos da família Palio, é revestido com um material que imita alumínio, de bom gosto. Os comandos, adequadamente posicionados, garantem um lugar de destaque ao modelo no quesito ergonomia.

O porta-malas, por sua vez, carrega até 480 litros e é um dos maiores da categoria. Por fim, a perua popular pode acomodar quatro ocupantes – dois no banco traseiro – com razoável conforto.




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