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Previdência privada em ritmo acelerado
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/07/2008 | 07:11
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A preocupação com o futuro e o receio de ter de ficar à mercê de uma mingüada aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) têm levado cada vez mais pessoas a adquirirem planos de previdência privada.

Indicação desse interesse é o fato de o mercado de planos de previdência ter crescido 23% no primeiro quadrimestre em relação a igual período de 2007, segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), que prevê expansão semelhante, da ordem de 20%, para o ano todo.

A federação não tem dados regionais, mas a Bradesco Vida e Previdência (líder do setor, com 35,39% de participação nas vendas) registrou no Grande ABC alta um pouco menor - mas ainda assim expressiva -, de 14,32%, no faturamento com esses planos nos primeiros cinco meses deste ano. Somou cerca de R$ 82 milhões, frente aos R$ 72 milhões de janeiro a maio do ano passado.

No País, a Bradesco apresenta crescimento de 26% neste ano, dentro de um ritmo que já vinha acelerado. Em seis anos, os recursos em carteira no mercado nacional cresceram mais de cinco vezes. Saltaram de R$ 25 bilhões em abril de 2002 para R$ 132 bilhões em abril deste ano. Do montante atual, a empresa detém R$ 53 bilhões, ou seja, 40%.

Outra gigante do segmento, a Brasilprev, acompanha o passo do mercado: registra desempenho também 26% maior que no ano passado. "E o segundo semestre normalmente cresce mais que o primeiro", afirma o diretor-comercial, Marco Barros.

FATORES - Para o diretor-comercial da Bradesco Previdência, Lúcio Flávio Oliveira, são diversos os fatores que ajudam a impulsionar esse mercado. Ele cita a estabilidade econômica, que dá condições para as pessoas se planejarem no longo prazo, indicadores favoráveis de emprego e renda e "a falência da Previdência Social, que faz a população buscar alternativas para garantir uma renda no futuro". "O produto (plano previdenciário) se popularizou", disse.

A alta da inflação nesse início de ano não chega a assustar os executivos do segmento. "São situações passageiras, que não devem afetar", avalia Barros. Ele cita ainda que o aumento da expectativa de vida da população também estimula a procura por esses produtos.




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