Arcanjo, conhecido como 'comendador', seria o líder de uma das maiores quadrilhas do país. Entre os principais crimes que teriam sido cometidos pelo bando de Arcanjo estaria o assassinato de Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, que apresentava denúncias contra ele com freqüência.
Dois coronéis da Polícia Militar, um contador das empresas de Arcanjo Ribeiro e outras duas pessoas já foram presas. Quatro ainda estão foragidos, entre eles Arcanjo, que teve o mandado de prisão divulgado a 181 países através do banco de dados da Interpol. Ele está cadastrado no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos da PF e, assim, impedido de sair do país.
Todos os bens de Arcanjo Ribeiro estão indisponibilizados pela Justiça. Entre as propriedades estão nove empresas de 'factoring', inúmeros hotéis - entre eles um hotel de luxo na Flórida, nos Estados Unidos - dez propriedades rurais, uma rede de lojas que vende pescados e um shopping center.
Na semana passada dezenas de documentos foram apreendidos na casa de Arcanjo. Chamou a atenção da Polícia Federal o conteúdo de uma das caixas apreendidas na Real Factoring, onde constam três cheques da Assembléia Legislativa, cada um de R$ 348 mil, totalizando R$ 1.044.000. Os cheques do Banco do Brasil têm a assinatura do presidente da Assembléia, Humberto Bosaipo (PL), do primeiro-secretário José Riva (PSDB) e do secretário de Finanças, Guilherme Garcia. Na época da emissão, Riva era o presidente e Bosaipo, o primeiro-secretário da Assembléia.
Quem tiver informações que podem auxiliar a Polícia Federal nas buscas pode ligar para o telefone 0800-647-1700.
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