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Honda Civic é sinônimo de conforto e discrição
Sérgio Vinícius
Do Diário do Grande ABC
20/03/2001 | 16:46
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Se algum dia fosse realizada a eleição do automóvel mais sério do mundo, o Honda Civic se classificaria antecipadamente para a final. Na versão 2001 do modelo, a montadora japonesa conseguiu o que parecia impossível: com algumas alterações no design, tornou o sedã médio ainda mais sóbrio, tanto interna como externamente. Além disso, o Civic 2001 abriga um competente e – como quase tudo no modelo – comportado propulsor 1.7.

Avaliado pela reportagem do Diário em trechos urbanos e estradas do Grande ABC e São Paulo, o Honda Civic LX, com transmissão automática, cumpre o que propõe: é discreto e confortável. Características, diga-se de passagem, quase que marcas registradas do modelo que chega agora à sétima geração.

A novidade sob o capô fica por conta do motor de 1,7 litro, de 115 cv de potência máxima, que embora seja competente, em alguns aspectos deixa a desejar. Principalmente devido ao fato de o sedã médio avaliado estar equipado com câmbio automático, em determinados momentos parece que o carro está amarrado, demorando para desenvolver velocidade.

Se em termos de potência o modelo apresenta atuação mediana, quanto ao torque o Civic 2001 não deixa a desejar. Capaz de desenvolver 15,2 kgfm a 4,5 mil rpm, o sedã apresenta muita força para encarar ruas e estradas. Outro detalhe que merece comentário especial é a reação do sedã médio quando engatada a marcha ré: basta pisar levemente para o modelo disparar para trás.

Por fora, as alterações mais sensíveis ficaram por conta da traseira – tanto o conjunto ótico como o terceiro volume foram reestilizados. O porta-malas ficou mais alto e bojudo, o que reforçou um pouco o ar robusto do modelo, que agora comporta 402 l de bagagem no compartimento. O vidro traseiro, que também foi levemente alterado, sendo aumentado em suas dimensões, agora proporciona ao motorista melhor visão.

Internamente, a preocupação da Honda foi primar pelo bem-estar de motorista e passageiros. O habitáculo é bem planejado e, mesmo quando comporta 5 pessoas em seu interior, garante conforto a todos os ocupantes.

Painel e console completam o ar de austeridade do Civic 2001, com todos os equipamentos bem sinalizados e em locais de fácil manuseio do motorista. Controles de ar-condicionado, rádio, espelhos elétricos, vidros, trava para crianças (todos equipamentos de série, juntamente com direção hidráulica e outros itens) podem ser operados quase que por instinto, tão bem dispostos que se encontram no Civic. O modelo avaliado pelo Diário tem preço sugerido de R$ 40.860, mas as versões 2001 do sedã podem ser encontradas a partir de R$ 34.281.

Vendas – Embora seja um carro extremamente sério, o Civic vem agradando os motoristas brasileiros. Afinal, desde o lançamento no final do ano passado, o modelo apresentou aumento considerável de vendas.

Em janeiro, segundo informações da montadora, foram vendidas 2.595 unidades do modelo, desempenho 37% superior ao esperado.

Esse é o melhor resultado da Honda Automóveis desde a inauguração de sua fábrica em Sumaré, no interior de São Paulo, em outubro de 1997. Esses dados correspondem, em um mês de comercialização, a 10,4% do objetivo total previsto para 2001 – 25 mil unidades.




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