A Prefeitura de Mauá gasta R$ 354,2 mil por mês com aluguel de 38 veículos, o que tem provocado questionamentos na Câmara Municipal que, na sessão de terça-feira, aprovou requerimento do vereador Carlos Alberto Polisel (PSDB) à administração. Ele quer explicações do governo de Oswaldo Dias (PT) sobre os acordos fechados com a empresa contratada, a Viação Santo Ignácio. Há 15 dias, ele já tinha enviado outro requerimento para pedir informações sobre as mais recentes contratações de viaturas para a Guarda Municipal.

“Acho que alguns valores estão superfaturados. Estão acima do praticado no mercado. Além do mais, com o valor do aluguel, daria para comprar muitos veículos que seriam incorporados ao patrimônio do município. Com o aluguel, isso não acontece”, reclamou.

Polisel citou como exemplo os 12 veículos modelo Parati, que custam à Prefeitura R$ 5 mil de aluguel por mês cada um (sem motorista). “No mercado, o aluguel de um carro desse custa cerca de R$ 3,8 mil”, disse. No fim do ano passado, o prefeito enviou ofício à Câmara informando sobre o aluguel de 31 veículos, que somavam R$ 318 mil.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que as mais recentes contratações se relacionam a sete viaturas para a Guarda Municipal (seis Parati e um Jeep). Segundo o governo, a locação se tornou vantajosa, porque a maioria delas é por 24 horas, com combustível, manutenção, seguro e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), todos pagos pela empresa contratada por meio de concorrência pública. A administração nega que os valores estejam acima do mercado.

A assessoria afirmou que, entre as vantagens do aluguel, está sobretudo a manutenção, pois quando um veículo quebra, pode demorar meses para ser consertado – no caso de ser público – porque, para comprar peças de reposição, é preciso abrir licitações. Segundo o governo, como os veículos rodam bastante, necessitam de constante manutenção.

Conservação – O vereador governista José Luiz Cassimiro (PT) saiu em defesa da administração. Ele entende que a locação é mais vantajosa. “O trabalho é agilizado. Além disso, todos os equipamentos alugados estão em bom estado. Tenho informações de que tal procedimento é mais barato do que fazer a aquisição de veículos próprios”, afirmou. Para o petista, o fato de algumas locações incluirem no serviço o pagamento de motoristas, reduz os custos da Prefeitura.

O secretário de Saúde de Mauá, o vice-prefeito Márcio Chaves Pires (PT), também foi questionado na Câmara sobre o aluguel de ambulâncias. Ele prometeu apresentar aos vereadores um relatório sobre o custo/benefício das locações.