O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) disse que ajustará sua política monetária à medida que as condições exigirem, ao mesmo tempo em que manterá sua postura prudente e neutra, num provável aceno aos possíveis efeitos da atual disputa comercial do país asiático com os EUA, entre outras pressões negativas.
Em relatório trimestral sobre política monetária, o PBoC afirmou que pretende manter a liquidez "razoavelmente ampla". Além disso, uma frase que constava de documentos anteriores, sobre a instituição ser "firmemente contra fortes estímulos em larga escala", foi omitida no relatório mais recente, divulgado na sexta-feira (09).
Em boa parte do relatório, o PBoC se dedicou a refutar avaliações no mercado de que sua política monetária seria contida nos próximos trimestres pela aceleração da inflação e pela ameaça de uma "armadilha de liquidez", situação em que a política acomodatícia não consegue impulsionar o crescimento econômico.
Nos últimos tempos, reguladores chineses anunciaram várias medidas com o intuito de sustentar a economia, incluindo um novo corte nos compulsórios bancários no mês passado - o quarto este ano. O documento do PBoC ajuda a alimentar expectativas de que virão novas reduções no compulsório mais adiante.
O PBoC também parece ter amenizado seu tom sobre a campanha de desalavancagem de Pequim. O BC chinês ressaltou a importância de se atingir um equilíbrio entre esforços para conter o avanço de dívidas e iniciativas para manter o crescimento estável. Em relatórios anteriores, a instituição falava em seguir "firmemente adiante com a desalavancagem estrutural".
O PBoC reiterou ainda seu compromisso de "aprofundar o apoio financeiro" para pequenas empresas do setor privado e prometeu manter a taxa de câmbio basicamente estável, em "nível razoável e equilibrado", acrescentando que irá "fortalecer a gestão macroprudencial quando necessário", frase ausente de relatórios anteriores. Fonte: Dow Jones Newswires.
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